sexta-feira, 26 de julho de 2013

Quem decide a hora de parar... ou de começar?

Maria brincando no parquinho
Definitivamente não somos nós. O que eu aprendi como mãe é que não adianta forçar, nem muito menos valorizar demais alguma coisa. Dê tempo ao tempo, uma hora as coisas acontecem naturalmente. Com a Maria tudo tem sido assim.

Os livros de psicologia, os manuais de como criar filhos, tudo tem um tempo limite para cada coisa. Tirar fralda, chupeta, mamadeira, dar frutas, legumes, verduras... Quando nos apegamos demais naquilo, parece que tudo fica infinitamente mais difícil!!!!

Esse ano nós vivemos por situações bastante determinantes para mexer com a criação da Maria (e até a do Pedro, mesmo na barriga). Logo no começo do ano passamos dois meses longe do meu marido por conta de uma atividade no doutorado dele. Isso eu estando grávida.

Quem segurou as pontas pra gente foi a vovó Soninha, que nos abrigou em sua casa durante todo este período. Essa mudança de vida fez com que a Maria mudasse também o comportamento dela. Ficou extremamente dependente. Sentiu muito a falta do pai, então não me deixava ir sozinha nem ao banheiro.

Me preocupei bastante e ficava pensando em como deveria agir. Resolvi deixar, se algo tivesse que ser feito, que fosse quando voltássemos a rotina normal.

Imediatamente quando o meu marido retornou as mudanças passaram a acontecer naturalmente. Um crescimento incrível. Logo de cara ela se cansou da mamadeira e a dispensou (pouco mais de uma semana do seu aniversário de três anos). Nunca, em nenhum momento eu sinalizei que ela deveria deixar a mamadeira. Até porque, como eu estava grávida, todo mundo dizia que tudo o que eu tirasse ela ia voltar atrás, regredir, com o nascimento do bebê.

Ok, superada a mamadeira e com as várias latas de leite em pó perdidas na dispensa, ela de repente se incomoda com o fato de vazar o xixi na fralda de madrugada.

Me perguntou porque isso acontecia. Expliquei que ela podia acordar e eu a levaria pra fazer xixi no banheiro, como eu e o pai dela fazíamos. Foi coisa de uma semana ela pedindo toda a noite, sem estresse e sem que eu a deixasse sem fralda. Depois desse tempo, achei que já poderia libertá-la da fralda e nenhuma vez ela soltou novamente.

Mas a última e, pra mim, mais surpreendente, foi a vontade de comer fruta!

Até um ano e meio, mais ou menos, Maria amava frutas. Ficava nas pontas dos pés pedindo mamana (banana). De repente, ela experimentou o melhor de todos os doces: chocolate. Nunca mais aceitou uma fruta.

Ontem, resolvi contar uma historinha da Narizinho (do Sítio do Pica Pau Amarelo - que ela ADORA). Disse que a Narizinho sempre dizia que não gostava de comer frutas, que era ruim, mas ela nunca experimentava. Um dia, viu o Pedrinho comendo frutas e fez cara feia. O Pedrinho perguntou o que era. Ela disse que detestava frutas. Ele perguntou: Mas você já experimentou? E ela disse que não. Ele respondeu que nunca se diz que não gosta antes de provar. Então ela comeu e se surpreendeu em como as frutas eram gostosas, como bolo, chocolate...

No fim da história a Maria já disse que ia querer começar a comer frutas, mas quando crescesse.

Hoje, após o almoço quis comer ponkan. Adorou. Terminou a ponkan, pediu maçã, adorou. Terminou a maçã, pediu pêra, gostou mais ou menos. Mas pediu pra eu comprar mamão e banana que quer experimentar. Isso, sem nenhuma pressão, por conta própria, como tudo é com a Maria!

Portanto, em casa é assim: cada coisa no tempo dela e tudo se encaixa sem estresse! Uma hora ela cede!