segunda-feira, 27 de maio de 2013

Dar tudo igual aos dois filhos não é educar...

Meus amores!
Foto: Mamãe Carol
Logo que nasce o segundo filho, já existe a preocupação em dividir tudo entre os dois. As próprias visitas sempre chegam com um presente para o mais velho, para que ele não fique com ciúmes. Claro que passar batido pelo ciúmes não é possível, afinal o mais velho era o rei - no nosso caso, a rainha - da casa até que o mais novo nascesse. De repente tem que dividir a atenção, que obviamente está focada no caçula, por ser um neném.

O Mancuzo sempre foi da opinião que não devemos valorizar muito esta condição ou ficar tentando dar muita atenção - mais do que o normal - ao mais velho. Temos sim que lidar com tudo isso como algo natural. Sim, é irmão, é mais um filho e tem o mesmo amor, nem mais, nem menos.

Na teoria funciona perfeitamente e, aqui em casa, salvo pequenas manhas naturais, tem funcionado na prática.

Acho mesmo que não existe a menor necessidade de dar igual aos dois. Acho que cada um tem o seu momento. Se toda vez que for dar um presente a um tiver que dar ao outro, como depois você vai explicar que na vida não é assim?

Em casa - entre mim e meus irmãos - isso sempre foi bem trabalhado. Cada um ganha o que precisa, na hora que precisa, sem ter que premiar os outros por isso.

O que eu espero é conseguir educar a Maria e o Pedro assim. Que eles entendam que é uma bobagem ficar se apegando a coisas materiais. Um tem sempre que torcer pelo bem do outro, o resto se conquista. Porque fala a verdade... tem sensação melhor que conseguir sozinho?

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Os primeiros contatos entre irmãos....

Primeiro contato entre os dois, ainda no hospital
Foto: Papai Mancuzo
Como eu já disse a vocês em outra postagem, nunca passou pela minha cabeça ter um filho só. Na verdade, o grande sonho do Mancuzo é ter quatro. Juntos, nós sempre sonhamos em ter uma grande família. Se chegaremos em quatro? Acho que com um filho recém-nascido em casa, não é hora de responder a esta pergunta.

A minha maior curiosidade sempre foi qual seria a reação da Maria com a chegada do irmão. Todos sempre me prepararam para o ciúmes e para a regressão. Que eu já conto como foram, mas tem outro fator que não contam: o nosso sentimento como mãe. Há culpa? Ah... esta culpa, que nasce desde o dia que que vem o primeiro filho. Como fica no segundo?

Imagina que por três anos e dois meses todo o amor que você podia ter na vida por um filho foi canalizado pra ela. De repente, não mais que de repente, surge aí, de dentro de você também, um segundo serzinho. Como dividir este amor? Como não magoar sua filha mais velha? Como não sentir culpa em dar amor para o segundo, deixando de dar para o primeiro? Como gente? Alguém aí pode me responder? hehehehe

Na verdade, amor a gente tem pra distribuir. Amor não tem limite. Amor se multiplica. Filho é filho. E o amor aumenta a cada dia dele ao nosso lado. Não tem jeito. Acontece em progressão geométrica. Não tem como diminuir, ao menos eu não imagino que tenha.

Como a Maria ia reagir a tudo isso é que era o "X" da questão. Porque agora a atenção seria dividida. Bom, ainda é cedo para eu dar um parecer definitivo, afinal o Pedro só tem 17 dias. Mas, neste período, ela tem reagido muito melhor que eu esperava.

Claro que tem ciúmes. É natural! Hoje mesmo acordou e me pegou já com ele no colo, dando mamá, teve uma crise de ciúmes. Pediu para eu trocá-la, queria eu e não o pai. Muitas vezes ela diz: "Põe o Pedo no carrinho, fica comigo". Mas entende quando não posso também.

Outro dia soltou uma pérola com o padrinho: "Adola vou fechar a barriga da mamãe pra não nascer nenhum neném e eu ter o meu colinho de volta".

Ao mesmo tempo, quando ele chora no carrinho, ela logo diz: "Ele tá cholando mamãe, selá que quer a irmã?" E eu sempre digo que sim, claro!

Quando vou dar banho ou trocar de fralda, ela sempre está junto pra me ajudar.

Regressão? Por enquanto não teve nenhuma. Na verdade, teve mesmo foi progressão. Está cada dia mais solta, mais independente, com menos medo do mundo. E isso me enche de orgulho! Até a professora elogiou.

Assim a gente vai levando, curtindo e aprendendo muito nesta nova fase. Claro que me pego muitas vezes justificando meu amor. Às vezes quando estou só com ele e começo a beijá-lo e dizer: "Filho, eu te amo mais que tudo neste mundo!" Logo já completo: "Você e sua irmã". Como se isso fosse uma traição a ela. Bobagem né? Coisas de mãe!!!

terça-feira, 14 de maio de 2013

Primeiros dias do segundo filho... Hormônios!!!

Momento da mamada a três
Foto: papai Mancuzo
Todo mundo fala que o segundo filho se cria sozinho, que é mais fácil, que nós já temos experiência... Confesso que muitas aflições que passamos com o primeiro, como verificar a cada 15 minutos se ele está respirando, não acontece no segundo.

Mas tem uma coisa que não tem jeito, não importa em que filho você está, disto você não pode fugir: os hormônios.

Durante a gravidez passamos por uma drástica mudança hormonal. Só que esta drástica mudança leva nove meses para acontecer. Ou seja, por mais sensíveis que possamos ficar, não é algo da noite para o dia. Cada dia é uma nova carga hormonal.

Quando nosso filho nasce, imediatamente passamos por uma descarga. Só que esta sim é repentina, são nove meses de hormônios sendo "retirados" com o nascimento. Esta sim é de repente! (Não se esqueçam que esta é uma visão bem leiga do que acontece. Na verdade uma visão pessoal do que acontece, pois não sou médica).

Pois bem... pode ser a primeira, a segunda, a vigésima gestação! Esta descarga sempre vai acontecer com o parto. E se você não teve nenhuma mudança de humor na gravidez, se prepare que chegou o momento.

Ao voltar pra casa, há momentos em que a única vontade que você tem é de chorar. Porém, agora com um agravante, você tem um filho mais velho. E pra explicar a ele o por quê desta choradeira? Pobre Maria (com 3 anos e 2 meses de diferença do irmão), olhava pra mim e só pedia: "Não chola mamãe!"

E com as lágrimas rolando rosto abaixo, cara toda vermelha, eu só respondia: "Tá tudo bem, eu não tô chorando". Ou um: "Não é nada filha, vai passar".

A sorte disso tudo é que eu tenho um marido que cuida de mim, já tem experiência no assunto e logo ligou na minha médica... Ela passou um medicamento para controlar essas alterações de humor e agora, graças a Deus, tudo já voltou ao normal.

Mas fiquem atentos aos sintomas: pós-parto, independentemente de quantos filhos você tenha, é sempre um pós-parto. O bom é saber que a partir da segunda semana tudo volta ao normal e sim, é bem mais tranquilo cuidar do segundo!!! Sobra até tempo para fazer uma postagem no blog! Impensável no primeiro.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Engasgou, e agora?

Foto: Papai Mancuzo
Após três anos sem grandes intercorrências no quesito ENGASGAR, um dos grandes medos quando temos um bebê, eis que a Maria engasga. Se é que isso realmente aconteceu...

Estávamos tranquilos, na casa da minha irmã, dinda da Maria. Quando a Maria, que comia chocolate, nos olha já com rostinho vermelho, muda e ar de quem está sem ar. Na hora minha irmã gritou: "A Maria está engasgada!"

No mesmo segundo, peguei-a no colo, virando-a com a cabeça mais pra baixo e comecei a bater nas costas delas. Mas eu estava muito desesperada. Ao mesmo tempo que fazia isso, pedia que ela respondesse que estava tudo bem.

Vendo o meu desespero, minha irmã e meu cunhado fizeram o mesmo. Cada hora um a pegou no colo e os três, a essa altura já batiam veementemente nas costas da Maria.

Quando por um momento, um dos três, que não fui eu, resolveu dizer que ela não estava mais engasgada. Ou talvez nunca tivesse estado...

Abracei-a e beijei-a muito. Que desespero! Pobrezinha, logo começou a chorar e pedir pra ir embora, de assustada que estava com tudo aquilo.

Passaram-se uns dias e, do nada, Maria me olha e pergunta: "Mã, cando eu engasgar, peciso cholar pra mostar pra você que eu estou bem né?"

É cada uma que fazemos essas crianças passarem!!!!