segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Cada um tem a sua personalidade

Todo mundo que tem mais de um filho é enfático em dizer: cada filho é diferente do outro! Não adianta, pode ser criado na mesma família, mas as personalidades são bem diferentes!

Como filha eu já sabia disso, pois tenho dois irmãos e somos extremamente diferentes um do outro. Um é mais racional, outro mais emocional e tem aquele que equilibra razão e emoção (se é que isso é possível!)

Eu ando numa fase super curiosa para saber como será a personalidade do Pedro, onde estarão as diferenças dele para a Maria.

Sei que ainda é cedo, ele só tem seis meses, mas tem algumas coisas que já nota que não serão iguais!

Primeiro é sobre o colo. O Pedro não é daquelas crianças que gosta de  estar no colo o tempo todo. Gosta da sua independência, de poder estar sozinho brincando. A Maria sempre foi "coleira", até hoje (com três anos e oito meses) não perde a oportunidade de vir em nosso colo. (E a nossa coluna que aguente o tranco!)

O Pedro você pode colocá-lo no sofá sentado com um monte de brinquedos ao lado dele e "esquecer". Ele brinca um monte e não pede atenção. A Maria nunca gostou de ficar um segundo sozinha.

Maria é tímida, desconfiada e sempre está a uma distância segura da gente, tem medo de se distanciar! Nunca precisei ficar correndo atrás dela em shopping, missa e afins. Ela é obediente. Faz parte da timidez dela (herança do pai).

Nessa parte ainda não sei como ele será... morro de curiosidade, mas acho que ele vai ser mais dado. Pois sempre está dando gargalhada. Ri pra quem for e não é de estranhar as pessoas!

Vai entender... isso chama-se personalidade!

Uma amiga psicóloga uma vez me disse que não adianta dizer que foram criados na mesma família e são tão diferentes. Ela explica que cada um nasceu em um momento diferente dos pais, que encaram a maternidade e a paternidade de maneira diferente, o que reflete na formação deles!

De fato, garanto que eu sou outra mãe hoje. A Maria eu sempre coloquei em uma redoma de vidro, tinha medo de tudo e superprotegia... Isso o Pedro me libertou. Hoje sou muito mais light com os dois e acredito que isso tem ajudado a própria Maria a perder certos medos!

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Carta aos meus filhos!

Maria e Pedro "nadando" em um dia de muito calor
Foto: Mamãe Carol
Há tempos tenho ensaiado para escrever essa carta!

Acho que já nasci querendo um dia ser mãe. E tudo na minha vida aconteceu de forma tão natural e na hora tão certa.

Namorei cinco anos antes de casar, fiquei casada dois anos quando achamos que era o momento de ter o nosso primeiro filho. Maria nasceu quando eu tinha 30 anos. Foi assim que planejei.

Uma vez uma amiga falou que logo ia começar a tentar ter filho, mas que sabia que o quanto isso ia demorar não dependia da vontade dela, mas da vontade de Deus. Também penso exatamente assim, mas é impressionante, como em todos esses anos, a minha vontade casou exatamente com a vontade Dele.

Sempre quis ter ao menos dois filhos. Sim, ao menos, nunca passou pela minha cabeça ter apenas um. Mas ainda não decidimos também se serão só os dois, pois acreditamos sim, que família é a nossa vocação.

Três anos e dois meses após o nascimento da Maria, veio o Pedro. De uma gravidez tão planejada como a primeira.

Hoje, Maria está com três anos e oito meses e Pedro com seis meses. Como ela reagiu? Do jeito que eu sempre sonhei. Vibrou com a chegada do irmão, assim como vibra todos os dias pela presença dele.

Sempre, em suas orações, pede com toda a sua doçura e ingenuidade, em primeiro lugar, que o o papai do céu cuide do irmão dela! E aí está o meu principal agradecimento!

Filhos, quando planejei que vocês viessem, não imaginei se seriam duas meninas, dois meninos ou um casal. Mas sempre sonhei, rezei e quis que fossem grandes amigos! Os melhores amigos que alguém pode ter na vida.

Tenho muitas amigas muito mais experientes do que eu, com filhos já maiores, que dizem que não adianta, é menino e menina, vão ter muitas divergências, não dá pra serem amigos como duas meninas ou dois meninos... Sabem o que eu acho? Acho bobagem! Acho que dá sim e que vocês serão! Me mostram isso a cada dia!

Sabe filhos, não somos nós que decidimos quem fará parte de nossas famílias, quem serão nossos pais, nossos filhos ou nossos irmãos. São escolhas feitas por Deus. Acreditem, não foi por acaso que Deus os colocou no mundo como irmãos! Ele tem um propósito! Uma das maiores bençãos que existe em nossas vidas é a chance de termos irmãos! Portanto, meus amores, nunca, nunca deixem de valorizar esta dádiva.

E se lá na frente, quando já forem adultos, se depararem com as diferenças que o mundo coloca pra nós e tiverem uma gota de dúvida sobre a amizade de vocês! Leiam essa carta de novo e lembrem: não importa o que o mundo faça, vocês são irmãos! Foi uma escolha de Deus e isso deve ser maior do que qualquer diferença!

Obrigada por deixarem nossas vidas cada dia mais feliz! Amamos vocês!

Mamãe e papai

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Ahhhh, as descobertas!!!!!

É realmente mágico! Mágico você ver seus filhos aprendendo, conhecendo, descobrindo!

O Pedro está na fase de que tudo é novidade - 5 meses! Os olhinhos dele brilham ao ver qualquer coisa nova.

Sabe aquela fase que não suporta mais ficar deitado porque do teto ele já sabe tudo e chegou a vez de conhecer o resto do mundo?

Sem contar as primeiras repetições. Há um mês ele aprendeu a imitar o caminhãozinho (brrrrr). É fofo demais! Gostou tanto, que quando pede atenção e não tem começa a fazer caminhãozinho sem parar!

Na semana passada foi a vez do beijo, mas sem beicinho, só o barulho! Um barato! Ele se diverte fazendo e fazendo e fazendo...

Ao mesmo tempo, a Maria vive uma outra fase, não menos encantadora. A fase do conhecimento. É impressionante a capacidade de reter informações. Se você fala uma vez, pode ter certeza que está ali, guardado naquela cabeça enciclopédica. É capaz até dizer a roupa que você usava quando disse isso.

Agora aprende os números e as letras. Calma, sei que ela só tem 3 anos, mas está conhecendo esse mundo... ainda não o da leitura...

Ah, mas e a leitura? Ama sentar com a gente, entregar um livro e ouvir atentamente uma boa história!

E sabe o que é o melhor de tudo isso? Não acaba mais! O aprendizado nunca acaba e os pais sempre vão se encher de orgulho com cada nova etapa. Ou você acha que já sabe tudo?

Sei que meus pais ainda vibram com as minhas conquistas e eu nunca vou parar de vibrar com os meus filhos! E viva o conhecimento!!!!

Um filho me fez uma pessoa melhor... Dois então!

Ultimamente eu tenho pensado muito sobre isso. Pensado que se eu pudesse dar um conselho a alguém, certamente daria para ter o segundo filho.

A vinda da Maria (minha primeira filha) me apresentou à maternidade e ao amor incondicional de mãe. De fato, não acho que seja possível amor maior. Isso me fez entender tantas coisas... Entender o amor e as preocupações de meus pais.

Mas no primeiro filho, junto com o amor, seguem as inseguranças. São tantas preocupações, medos, responsabilidade! Queremos e temos que ser perfeitos para proteger aquele ser que precisa tanto de nós!

Essas inseguranças, por mais que não queiramos, passam para a criança - que as assimila do seu jeito, cada uma com uma reação.

No caso da Maria, veio acompanhada de insegurança mesmo. Medo. Falta de coragem de fazer qualquer coisa sem mim ou o pai. Muitas vezes morria de vontade de sair com os avós sozinha ou de ficar na casa dos tios, mas tinha pânico em pensar ficar longe de nós.

Claro que essas reações, inicialmente nos trazem um certo conforto, satisfação até, em ver como ela nos ama e como somos importantes pra ela. Mas isso é egoísmo também. Um pouco de vontade de colocar em uma redoma, que não faz bem pra ela.

Com o nascimento do Pedro (o segundo filho) pude perceber que agora sim estou me tornando uma pessoa melhor. Aqueles medos e inseguranças passaram. Claro que temos preocupações naturais, aquelas que nos acompanharão por toda nossa vida, pois aí está o ônus em escolher ser mãe. Um ônus, contra quantos bônus????

Presenciar o amor dos irmãos. Ver o crescimento emocional que a Maria está passando e até mesmo a coragem que ela passou a enfrentar. Vê-la se tornando mais independente é de um orgulho sem igual.

Não há palavras para explicar o milagre e a maravilha que é viver todos os dias com nossos filhos. Como eles nos ensinam e sim, em cada uma das etapas!

Obrigada meus amores, por me fazer cada dia uma pessoa melhor! Amo vocês!

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

O segundo filho é uma libertação!

O segundo filho: Pedro!
Foto: papai Mancuzo

É isso mesmo... é uma libertação que nós mães - ou talvez "eu mãe"... as outras mães terão que comentar aqui para dizer se também foi assim com elas - temos das paranoias do primeiro.

Desde que o Pedro - meu segundo - nasceu, há quatro meses, percebi que aprendi a soltar mais a Maria - a primeira de 3 anos e meio.

Minha filha é tímida e tem um "Q" de medo de muitas coisas. São inseguranças. Medo de escuro, medo de chuva, medo de dormir sozinha... Mas de onde vêm esses medos? Sim, vêm de nós pais. Ok, um pouco de medo não faz mal a ninguém... muito pelo contrário: previne! Mas nada em excesso é bom!

No final de semana ela fez algo que era impensável até poucos dias atrás. Viajou sozinha com a avó (Soninha) para a casa da bisa. Maria sempre foi grudada na gente, nunca nem teve coragem de sair no carro das pessoas da família sem que estivéssemos juntos. Até ser buscada na escola pelo vovô Mario esses dias foi.

Isso tudo me mostra e me prova cada vez mais, que os medos e inseguranças são mesmo nossos. Cortar o cordão umbilical é difícil demais. Vem carregado de culpas, culpas que nem sabemos de quê.

Um banho de coragem: Maria!
Foto: papai Mancuzo
A vinda do irmão mais novo serviu para eu perceber que vê-la se soltar, ter confiança em si, dar seus próprios passos só me faz mais feliz! Como tenho orgulho em ver minha menina enfrentar aquilo que a travava até outro dia.

Até mesmo o aperto no coração que tinha em deixá-la nas avós enquanto eu ia trabalhar, hoje não tenho com o Pedro. Sei que ele está super bem tratado, feliz e eu estou trabalhando, que gosto tanto. Afinal, temos nossas realizações extra-casa! E temos que aproveitá-las sem culpa!

Hoje tive um momento intenso de alegria, ao ver, espontaneamente, minha pequena menina ir ao ar livre tomar um banho de chuva. É mais um medo que ela venceu!

Quero poder passar a vida vendo meus dois amores vencerem!

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

O que muda na sua vida quando você tem o segundo filho?

Nossas crias! Deliciosos!
Essa é uma pergunta que muitos tem curiosidade em saber, até pra ver se encaram o desafio de fazer mais um.

falei aqui que ter o segundo filho era certo em minha vida, pois sempre achei que a Maria merecia um irmão. Afinal, eu tenho a sorte, ou fui presenteada, com dois, que são fundamentais em minha vida!

Também já falei sobre como a nossa vida muda com um filho.  Realmente é uma mudança radical. Mas e o segundo? Agora que tenho posso falar! O segundo... pra mim, a única grande mudança é que voltei a dormir menos e a acordar toda madrugada, fora isso parece que tudo ficou igual.

O interessante é que nem o fato de dormirmos menos incomoda como antes. Parece que já nos acostumamos com isso.

É verdade... Parece que o Pedro sempre fez parte de nossas vidas e de nossa rotina! Incorporá-lo ao dia a dia foi a coisa mais fácil que me aconteceu.

Não adianta, a grande mudança que temos em nossas vidas é mesmo com o primeiro filho. Lá vivemos um choque de realidade! É o momento que deixamos a ser um ser único e passamos a ser seres coletivos. A liberdade de ir e vir acaba e sempre que você pensa em fazer algo, tem que pensar em onde seu filho vai ficar, se vai junto ou não...

Mas no segundo, isso não existe mais! Pois isso já faz parte da sua vida. A grande diferença é que em vez de pensar em um, pensa em dois!

Sem contar que lidar com outro bebê em casa, que às vezes pode parecer traumático se for lembrar os fatídicos primeiros meses de vida do seu primeiro filho, não é nada traumático.

É muito mais leve, gostoso! Não temos mais medo de tudo... Temos mais controle sobre o que está acontecendo e já sabemos que somos capazes de fazer aquilo, afinal o outro sobreviveu a todos os seus medos!

A diferença de idade de três anos também foi legal, pois a Maria está mais independente, sabe fazer as coisas sozinha... O que faz com que eu tenha mais maleabilidade para lidar com o bebê.

E a alegria de sermos agora quatro pessoas na família. De ver o Pedro (meu bebê de três meses) rindo ao ver a irmã Maria (3 anos e 3 meses) fazendo arte na casa! E não ver a hora dos dois fazerem arte juntos!

Definitivamente, eu aconselho! Tenha dois, três, quatro... não tenha só um! Porque quem tem um, leva tranquilo os outros que vierem!

Se teremos outros? Isso ainda não sabemos! Mas medo não temos!

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Maria refletindo sobre com quem vai casar...

Minha irmã, dinda da Maria, vai casar! Isso pra ela está sendo um acontecimento. Ela vive esse casamento como se fosse o dela.

Ontem, após passar a tarde na casa da dinda, voltou pra casa e começou a pensar alto...

"Ah, se eu tiver que casar, com que vou casar? Acho que vai ter que ser com o Álvaro [amigo da escola]. Mas o Álvaro faz muita bagunça... Vou ter que arrumar outro amigo da escola".

Aí ela me olhou e perguntou: "O Pedro é meu irmão né? Não pode?"

Eu disse: "Sim, mas tem o Pedro da sua escola".

Ela pensou e disse: "O Pedro é legal. A gente brinca... Mas e se for o Enrico? Só que o Enrico bagunça os brinquedos da escola...".

De repente ela parou, me olhou, suspirou e disse: "Ah mamãe, acho que não quero casar!"

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Acidentes acontecem com o segundo filho????

Como posso fazer algo com essa preciosidade, me conta?
No meu caso, só com o segundo. Com a primeira nunca aconteceu nada sério, juro!

Não sei se é excesso de confiança ou... de sono! Mas o fato é que com um mês, meu filho tomou seu primeiro fogo!

Eram 4h30 da manhã, horário que ele acorda para mamar. Acordei, o peguei no colo, levei ao quarto dele pra trocar a fralda... Tudo ia muito bem até.... que tive a "brilhante" ideia de dar a vitamina da manhã já naquela hora (depois de um mês a criança começa a tomar uma vitamina, que chama adtil. São duas gotas todos os dias de manhã).

Pois é, 4h30 já é de manhã, certo?

Antes de contar o que aconteceu... vou fazer um adendo. Quando o filho nasce temos que cuidar do umbigo, para isso compramos álcool 70, que é um vidrinho pequeno, como o da vitamina...

Hummm... sacaram?

O vidrinho de álcool é todo aberto enquanto o da vitamina é de conta gotas, tipo de magnopyrol. Costumo pingar direto na boca do neném, duas gotas!

Pois bem, aconteceu! Troquei os frascos! Abri o álcool 70 e VIREI no rosto do meu filho! Caiu meio vidro, que entrou na boca, no nariz e nos olhos! Nem preciso dizer como fiquei... DE-SES-PE-RA-DA!!! E o medo de ter feito alguma coisa com o olho do meu filho.

Eu só gritava e ele chorava. Eu chamava o meu marido e ele devia chamar alguém pra me bater, porque não é possível que eu tinha feito aquilo.

Meu marido chegou e eu estava desesperada com ele no colo. Ficava repetindo: "Temos que levar no hospital? Temos que levar no hospital?" E o meu marido tentava me acalmar.

Aí comecei: "liga no dr. Nórcia, liga no dr. Nórcia..." (o pediatra)... Sim, às 4h30 da manhã!

Meu marido disse que eu tava muito nervosa, que era pra eu entregar o Pedro pra ele e ligar pro dr. Nórcia. E eu dizia: "Não, eu não tenho coragem de dizer que fiz isso!"

Resumo da ópera: ele teve que ligar! Acordar o médico, passar a vergonha e ouvir que estava tudo bem!!!

Sim, mãe de segunda viagem também comete erros! Pelo menos, desta vez, entre mortos e feridos, salvaram-se todos!

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Ela é vaidosa....

Olha o estilo dela no parque!
Vaidade não se aprende, nasce com ela... ou não!

A Maria é super vaidosa! Eu sou bem tranquila. Nunca fui de gastar dinheiro com roupas, sapatos, brincos e afins... compro mais por necessidade. Claro que gosto de me sentir bonita, mas sou realmente sossegada. O que deixa minha mãe e minha irmã malucas. Umas duas vezes por ano, desde que me entendo por gente, minha irmã falta me pegar pelo braço pra sair para comprar roupas.

É... acho que quem vai fazer isso agora é minha filha!

Todos os dias quando saio do banho ela já está lá, de prontidão, dizendo para eu passar maquiagem. (E eu obedeço). Adora dizer que roupa quer que eu vista e até o sapato que devo usar. (Aí quem decide sou eu...) Quando não acha bonito, pede pra eu trocar... Mas quando acha bonito, me enche de elogios.

Hoje, antes de vir trabalhar estava mexendo no meu brinco. Não sou de ficar trocando de brinco toda hora. Ela olhou pra mim e disse: "Mamãe, você tem poucos brincos né? Quando eu crescer você compra mais pra mim?"

Ainda cedo, quando chegou da escola, logo pediu para colocar um vestido. Escolhemos juntas. Ela colocou, mas em seguida queria trocar. Eu disse que não, que ela já tinha escolhido e que estava linda. Ela segurou meu rosto, com carinha de choro e disse assim: "Mamãe, eu gosto de trocar de roupa!"

E como gosta! Já chegou a levar roupa na casa da avó pra brincar de trocar, em vez de brinquedo!

É... acho que não vai ter jeito, agora ela me põe no eixo!!!

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Quem decide a hora de parar... ou de começar?

Maria brincando no parquinho
Definitivamente não somos nós. O que eu aprendi como mãe é que não adianta forçar, nem muito menos valorizar demais alguma coisa. Dê tempo ao tempo, uma hora as coisas acontecem naturalmente. Com a Maria tudo tem sido assim.

Os livros de psicologia, os manuais de como criar filhos, tudo tem um tempo limite para cada coisa. Tirar fralda, chupeta, mamadeira, dar frutas, legumes, verduras... Quando nos apegamos demais naquilo, parece que tudo fica infinitamente mais difícil!!!!

Esse ano nós vivemos por situações bastante determinantes para mexer com a criação da Maria (e até a do Pedro, mesmo na barriga). Logo no começo do ano passamos dois meses longe do meu marido por conta de uma atividade no doutorado dele. Isso eu estando grávida.

Quem segurou as pontas pra gente foi a vovó Soninha, que nos abrigou em sua casa durante todo este período. Essa mudança de vida fez com que a Maria mudasse também o comportamento dela. Ficou extremamente dependente. Sentiu muito a falta do pai, então não me deixava ir sozinha nem ao banheiro.

Me preocupei bastante e ficava pensando em como deveria agir. Resolvi deixar, se algo tivesse que ser feito, que fosse quando voltássemos a rotina normal.

Imediatamente quando o meu marido retornou as mudanças passaram a acontecer naturalmente. Um crescimento incrível. Logo de cara ela se cansou da mamadeira e a dispensou (pouco mais de uma semana do seu aniversário de três anos). Nunca, em nenhum momento eu sinalizei que ela deveria deixar a mamadeira. Até porque, como eu estava grávida, todo mundo dizia que tudo o que eu tirasse ela ia voltar atrás, regredir, com o nascimento do bebê.

Ok, superada a mamadeira e com as várias latas de leite em pó perdidas na dispensa, ela de repente se incomoda com o fato de vazar o xixi na fralda de madrugada.

Me perguntou porque isso acontecia. Expliquei que ela podia acordar e eu a levaria pra fazer xixi no banheiro, como eu e o pai dela fazíamos. Foi coisa de uma semana ela pedindo toda a noite, sem estresse e sem que eu a deixasse sem fralda. Depois desse tempo, achei que já poderia libertá-la da fralda e nenhuma vez ela soltou novamente.

Mas a última e, pra mim, mais surpreendente, foi a vontade de comer fruta!

Até um ano e meio, mais ou menos, Maria amava frutas. Ficava nas pontas dos pés pedindo mamana (banana). De repente, ela experimentou o melhor de todos os doces: chocolate. Nunca mais aceitou uma fruta.

Ontem, resolvi contar uma historinha da Narizinho (do Sítio do Pica Pau Amarelo - que ela ADORA). Disse que a Narizinho sempre dizia que não gostava de comer frutas, que era ruim, mas ela nunca experimentava. Um dia, viu o Pedrinho comendo frutas e fez cara feia. O Pedrinho perguntou o que era. Ela disse que detestava frutas. Ele perguntou: Mas você já experimentou? E ela disse que não. Ele respondeu que nunca se diz que não gosta antes de provar. Então ela comeu e se surpreendeu em como as frutas eram gostosas, como bolo, chocolate...

No fim da história a Maria já disse que ia querer começar a comer frutas, mas quando crescesse.

Hoje, após o almoço quis comer ponkan. Adorou. Terminou a ponkan, pediu maçã, adorou. Terminou a maçã, pediu pêra, gostou mais ou menos. Mas pediu pra eu comprar mamão e banana que quer experimentar. Isso, sem nenhuma pressão, por conta própria, como tudo é com a Maria!

Portanto, em casa é assim: cada coisa no tempo dela e tudo se encaixa sem estresse! Uma hora ela cede!

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Dar tudo igual aos dois filhos não é educar...

Meus amores!
Foto: Mamãe Carol
Logo que nasce o segundo filho, já existe a preocupação em dividir tudo entre os dois. As próprias visitas sempre chegam com um presente para o mais velho, para que ele não fique com ciúmes. Claro que passar batido pelo ciúmes não é possível, afinal o mais velho era o rei - no nosso caso, a rainha - da casa até que o mais novo nascesse. De repente tem que dividir a atenção, que obviamente está focada no caçula, por ser um neném.

O Mancuzo sempre foi da opinião que não devemos valorizar muito esta condição ou ficar tentando dar muita atenção - mais do que o normal - ao mais velho. Temos sim que lidar com tudo isso como algo natural. Sim, é irmão, é mais um filho e tem o mesmo amor, nem mais, nem menos.

Na teoria funciona perfeitamente e, aqui em casa, salvo pequenas manhas naturais, tem funcionado na prática.

Acho mesmo que não existe a menor necessidade de dar igual aos dois. Acho que cada um tem o seu momento. Se toda vez que for dar um presente a um tiver que dar ao outro, como depois você vai explicar que na vida não é assim?

Em casa - entre mim e meus irmãos - isso sempre foi bem trabalhado. Cada um ganha o que precisa, na hora que precisa, sem ter que premiar os outros por isso.

O que eu espero é conseguir educar a Maria e o Pedro assim. Que eles entendam que é uma bobagem ficar se apegando a coisas materiais. Um tem sempre que torcer pelo bem do outro, o resto se conquista. Porque fala a verdade... tem sensação melhor que conseguir sozinho?

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Os primeiros contatos entre irmãos....

Primeiro contato entre os dois, ainda no hospital
Foto: Papai Mancuzo
Como eu já disse a vocês em outra postagem, nunca passou pela minha cabeça ter um filho só. Na verdade, o grande sonho do Mancuzo é ter quatro. Juntos, nós sempre sonhamos em ter uma grande família. Se chegaremos em quatro? Acho que com um filho recém-nascido em casa, não é hora de responder a esta pergunta.

A minha maior curiosidade sempre foi qual seria a reação da Maria com a chegada do irmão. Todos sempre me prepararam para o ciúmes e para a regressão. Que eu já conto como foram, mas tem outro fator que não contam: o nosso sentimento como mãe. Há culpa? Ah... esta culpa, que nasce desde o dia que que vem o primeiro filho. Como fica no segundo?

Imagina que por três anos e dois meses todo o amor que você podia ter na vida por um filho foi canalizado pra ela. De repente, não mais que de repente, surge aí, de dentro de você também, um segundo serzinho. Como dividir este amor? Como não magoar sua filha mais velha? Como não sentir culpa em dar amor para o segundo, deixando de dar para o primeiro? Como gente? Alguém aí pode me responder? hehehehe

Na verdade, amor a gente tem pra distribuir. Amor não tem limite. Amor se multiplica. Filho é filho. E o amor aumenta a cada dia dele ao nosso lado. Não tem jeito. Acontece em progressão geométrica. Não tem como diminuir, ao menos eu não imagino que tenha.

Como a Maria ia reagir a tudo isso é que era o "X" da questão. Porque agora a atenção seria dividida. Bom, ainda é cedo para eu dar um parecer definitivo, afinal o Pedro só tem 17 dias. Mas, neste período, ela tem reagido muito melhor que eu esperava.

Claro que tem ciúmes. É natural! Hoje mesmo acordou e me pegou já com ele no colo, dando mamá, teve uma crise de ciúmes. Pediu para eu trocá-la, queria eu e não o pai. Muitas vezes ela diz: "Põe o Pedo no carrinho, fica comigo". Mas entende quando não posso também.

Outro dia soltou uma pérola com o padrinho: "Adola vou fechar a barriga da mamãe pra não nascer nenhum neném e eu ter o meu colinho de volta".

Ao mesmo tempo, quando ele chora no carrinho, ela logo diz: "Ele tá cholando mamãe, selá que quer a irmã?" E eu sempre digo que sim, claro!

Quando vou dar banho ou trocar de fralda, ela sempre está junto pra me ajudar.

Regressão? Por enquanto não teve nenhuma. Na verdade, teve mesmo foi progressão. Está cada dia mais solta, mais independente, com menos medo do mundo. E isso me enche de orgulho! Até a professora elogiou.

Assim a gente vai levando, curtindo e aprendendo muito nesta nova fase. Claro que me pego muitas vezes justificando meu amor. Às vezes quando estou só com ele e começo a beijá-lo e dizer: "Filho, eu te amo mais que tudo neste mundo!" Logo já completo: "Você e sua irmã". Como se isso fosse uma traição a ela. Bobagem né? Coisas de mãe!!!

terça-feira, 14 de maio de 2013

Primeiros dias do segundo filho... Hormônios!!!

Momento da mamada a três
Foto: papai Mancuzo
Todo mundo fala que o segundo filho se cria sozinho, que é mais fácil, que nós já temos experiência... Confesso que muitas aflições que passamos com o primeiro, como verificar a cada 15 minutos se ele está respirando, não acontece no segundo.

Mas tem uma coisa que não tem jeito, não importa em que filho você está, disto você não pode fugir: os hormônios.

Durante a gravidez passamos por uma drástica mudança hormonal. Só que esta drástica mudança leva nove meses para acontecer. Ou seja, por mais sensíveis que possamos ficar, não é algo da noite para o dia. Cada dia é uma nova carga hormonal.

Quando nosso filho nasce, imediatamente passamos por uma descarga. Só que esta sim é repentina, são nove meses de hormônios sendo "retirados" com o nascimento. Esta sim é de repente! (Não se esqueçam que esta é uma visão bem leiga do que acontece. Na verdade uma visão pessoal do que acontece, pois não sou médica).

Pois bem... pode ser a primeira, a segunda, a vigésima gestação! Esta descarga sempre vai acontecer com o parto. E se você não teve nenhuma mudança de humor na gravidez, se prepare que chegou o momento.

Ao voltar pra casa, há momentos em que a única vontade que você tem é de chorar. Porém, agora com um agravante, você tem um filho mais velho. E pra explicar a ele o por quê desta choradeira? Pobre Maria (com 3 anos e 2 meses de diferença do irmão), olhava pra mim e só pedia: "Não chola mamãe!"

E com as lágrimas rolando rosto abaixo, cara toda vermelha, eu só respondia: "Tá tudo bem, eu não tô chorando". Ou um: "Não é nada filha, vai passar".

A sorte disso tudo é que eu tenho um marido que cuida de mim, já tem experiência no assunto e logo ligou na minha médica... Ela passou um medicamento para controlar essas alterações de humor e agora, graças a Deus, tudo já voltou ao normal.

Mas fiquem atentos aos sintomas: pós-parto, independentemente de quantos filhos você tenha, é sempre um pós-parto. O bom é saber que a partir da segunda semana tudo volta ao normal e sim, é bem mais tranquilo cuidar do segundo!!! Sobra até tempo para fazer uma postagem no blog! Impensável no primeiro.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Engasgou, e agora?

Foto: Papai Mancuzo
Após três anos sem grandes intercorrências no quesito ENGASGAR, um dos grandes medos quando temos um bebê, eis que a Maria engasga. Se é que isso realmente aconteceu...

Estávamos tranquilos, na casa da minha irmã, dinda da Maria. Quando a Maria, que comia chocolate, nos olha já com rostinho vermelho, muda e ar de quem está sem ar. Na hora minha irmã gritou: "A Maria está engasgada!"

No mesmo segundo, peguei-a no colo, virando-a com a cabeça mais pra baixo e comecei a bater nas costas delas. Mas eu estava muito desesperada. Ao mesmo tempo que fazia isso, pedia que ela respondesse que estava tudo bem.

Vendo o meu desespero, minha irmã e meu cunhado fizeram o mesmo. Cada hora um a pegou no colo e os três, a essa altura já batiam veementemente nas costas da Maria.

Quando por um momento, um dos três, que não fui eu, resolveu dizer que ela não estava mais engasgada. Ou talvez nunca tivesse estado...

Abracei-a e beijei-a muito. Que desespero! Pobrezinha, logo começou a chorar e pedir pra ir embora, de assustada que estava com tudo aquilo.

Passaram-se uns dias e, do nada, Maria me olha e pergunta: "Mã, cando eu engasgar, peciso cholar pra mostar pra você que eu estou bem né?"

É cada uma que fazemos essas crianças passarem!!!!

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

A fase dos amigos imaginários... Vale para animais também?

Imagem: http://www.rituaismaternos.com/
Maria chegou na fase dos amigos imaginários. Isso aconteceu há cerca de um mês. O mais engraçado é que os primeiros amigos imaginários, invisíveis e/ou especiais (como ela prefere chamar) eram cachorros. Não, na verdade cachorras! A Biba e a Nina. Uma verde e uma vermelha (cores bem tradicionais de cachorros, diga-se de passagem).

Ela começou a fazer papá para elas, onde ela ia "levava" suas novas amigas e ainda contava para todos sobre elas. Várias vezes me peguei tendo que explicar para as pessoas quem era a Biba e a Nina.


Alguns me falam que a criança vê mesmo, outros que isso é seu alter-ego. Eu ficou com a tese de que ela imagina apenas, como uma brincadeira a mais.


Há cerca de duas semanas surgiu um novo amigo. Desta vez gente e muito mais que amigo, o filho dela! O engraçado é que ele não tem nome. Ela só fala "o meu filho".

Claro que o fato de eu estar grávida e de um menino, deve influenciá-la a ter um filho.

Pois esses dias, eis que a Maria vai ao meu banheiro e volta com o rosto (um pouco abaixo dos olhos) com lápis preto de maquiagem. Então eu perguntei a ela: "Maria, por que seu rosto está pintado". A resposta foi: "Mamãe, é que meu filho queria sair e eu tive que me pintar". E eu disse: "Mas filha, você é criança, só gente grande se pinta". Ela nem pensou duas vezes: "Mas eu sou MÃE".

Aguenta!

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Você já disse eu te amo hoje?

Eu, Mancuzo e Maria - o Pedro ainda estava em pensamento,
agora está na barriga!
EU AMO VOCÊS!
Às vezes esses simples gesto parece um ato tão difícil.

Lembro bem do começo do namoro com o Mancuzo (meu marido). A expectativa que eu ficava para finalmente ouvir aquelas três palavras. Por que sabe como é. A gente sempre espera que isso seja feito pelo homem, para não sermos nós a abrirmos tanto a guarda assim!

Lá pelos seis meses de namoro, finalmente, ele falou! Hoje, 11 anos depois, nunca mais paramos.

Um dos problemas que existem em relacionamentos é mesmo o simples fato de não dizer "eu te amo". De esquecerem de se olhar.

Não adianta dizer que isso só acontece em começo de namoro ou de casamento, pois na nossa casa isso é mesmo uma rotina.

Dizer "eu te amo" é algo que acontece na hora em que acordamos, sempre que vamos sair separados, antes de desligar o telefone e antes de dormir. Pode até parecer um ato mecânico, bobo e que já nem faz mais sentido, mas faz.

O simples fato de colocar o sentimento em palavras reforça e amplia. A palavra tem sim muita força. Imagine o amor?

E isso não pode ser um ato banal, tem que amar mesmo!

E o amor existe em diversas formas. Entre um casal, de pai pra filho, entre amigos. Não existe um maior que o outro, são amores diferentes. Amor, não se divide, se multiplica.

O engraçado que eu não aprendi a dizer em casa. Meus pais nunca tiveram esse hábito. Para pegá-los de calça curta é olhar pra eles e dizer "te amo". Muitas vezes o que escuto como resposta é um "obrigado" um tanto quanto constrangido. Claro, que isso reflexo do tempo em que foram criados.

Já minha filha, ao contrário, cansa de ouvir.

Hoje cedo, me peguei olhando pra ela com aquela cara de mãe apaixonada, sem dizer nada, e ela logo disse: "Mãe, eu também te amo". No alto dos seus quase três anos de idade, já aprendeu!

Portanto, não vou perder esta oportunidade:

Mancuzo, Maria e Pedro, EU AMO VOCÊS!!!!!
Pai e mãe, TE AMO!
Gabi e Celo, EU TE AMO!

Obrigada por fazer minha vida mais feliz todos os dias! Se eu tivesse que escolher, com certeza escolheria vocês!