terça-feira, 17 de junho de 2014

A gente rala e eles... nem sempre ligam!

Tá bom que com esse sorriso ele consegue tudo!
Foto: Tio Ique
Semana passada fomos viajar. Sabe aquela semana super corrida que não dá tempo de adiantar nada para a viagem? Claro, os preparativos e até mesmo o espírito de viagem ficaram pra última hora.

Na tarde que antecedeu a viagem foi a vez de arrumar as malas. Até aí, tudo certo. Nada como ir a cada quarto e fechar a porta com as crianças dentro. Elas iam desarrumando as coisas do quarto, mas não faz mal, o importante é que se distraíssem enquanto eu arrumava tudo.

À noite saímos para trabalhar. Então, a papinha do Pedro para viagem acabou ficando para depois das 23h.

Os legumes e a carne já estavam cozidos, pois meu marido sempre adianta essa parte pra mim (o que seria de mim sem ele?). Mas faltava fazer um macarrãozinho e um arroz para dar um toque final em duas versões diferentes de papinha para o Pedro não enjoar da mesma.

Dividi os legumes, desfiei o frango, fiz o que faltava... Coloquei separadinho nos potes e guardei no congelador. Resumo da ópera, fui dormir mais de meia noite, quando a hora marcada para sair era 4h da manhã (que acabou sendo às 6h, com criança sempre tem os últimos detalhes).

Chegamos a nosso destino e acreditem: ele só aceitou a minha papinha no primeiro almoço, o da chegada, pois estava com muita fome! Nos outros dias, não queria nem saber. Tinha que comer o mesmo que a gente. Virava a cara, fazia cara feia...

Enfim, das oito papinha levadas, voltaram cinco do mesmo jeito que foram. Duas foram perdidas em infinitas tentativas de oferta!

Claro que de volta pra casa eu não as perdi... Aqui ele aceita!

Mas todo o esforço de entrar a madrugada preparando comida para o bebê poder comer bem na viagem... foi amplamente desvalorizado por ele.

É Pedro... quero só ver depois que você for adulto e tiver ido embora de casa, voltar pedindo para mamãe que está com saudades da minha comida! Vou correndo te mostrar este post e... fazer uma comidinha especial pra você né? Porque mãe é mãe né? Não vai dizer não a um pedido deste do filho nem depois de grande!

terça-feira, 3 de junho de 2014

Ela não faz o que eu acho que deve... Mas e daí?

A mesma mãe, mas em momentos tão diferentes!
Os filhos são eles. Com suas personalidades. Não adianta a gente querer embutir a nossa personalidade neles, porque eles têm a deles.

E de onde vem essa personalidade? Já nascem assim? Ou se forma com o tempo.

Olha, eu não sou nenhuma expert no assunto, mas tenho meus palpites. Afinal, sou mãe e também gosto de prestar atenção no que acontece a minha volta.

A primeira coisa muito importante é que SIM, NÓS INFLUENCIAMOS A PERSONALIDADE DE NOSSOS FILHOS!

Vejo muito isso na diferença entre os meus dois.A Maria é a timidez em pessoa. É medrosa e tem suas inseguranças. O Pedro, no auge do seu um ano, já mostra uma desenvoltura no trato com as pessoas. É solto, desinibido, sorridente...

E quem é a mãe da Maria? Quem é a mãe do Pedro? É a mesma pessoa? Com certeza não!

A mãe da Maria é uma mãe insegura, que se depara com o primeiro filho e o priva de tudo. Não a deixa cair. Mostra pra ela que isso é perigoso, aquilo é perigoso. A carrega muito no colo. Evita o contato com o chão. Tem medo que ela fique doente. É a mãe de primeira viagem.

Já a mãe do Pedro é completamente diferente. É um sossego em pessoa. Colocou ele no chão antes mesmo de ser o momento de ficar no chão. Está sempre atenta, mas não evita os tombos. Ela acredita que ele tem que aprender com as experiências. Caiu, levanta! Pega pouco ele no colo e ele já nem gosta tanto de colo, prefere chão. Na hora de dormir, tenta fazer ele dormir no colo pra ver... Ele gosta de deitar na cama pra dormir! É muito mais confortável.

Acontece que a mãe da Maria é a mesma que a do Pedro, mas em momentos diferentes! O momento do primeiro filho e o momento do segundo filho.

E mais... a mãe da Maria mudou com o nascimento do Pedro, mas a Maria continua a mesma. Óbvio! Aquelas inseguranças plantadas pela própria insegurança da mãe, continuam ali, mas a mãe não as quer mais! Quer uma Maria independente! Uma Maria segura. Uma Maria que saiba se virar sozinha!

Cobra isso da Maria! Mas coitada, não foi ela quem mudou...

Foi preciso um ano para esta mãe perceber isso. Mais, foi preciso quatro anos para perceber que às vezes, a Maria pode preferir (em alguns momentos) brincar sozinha em uma festinha da escola, e ainda assim estar bem. Ela tem a sua própria personalidade, que claro, foi desenvolvida com a ajuda do ambiente em que ela vivia e com algo que já vem dentro de cada um de nós.

Não, eu ainda não sei a fórmula de como lidar com tudo isso. Não sei como não cobrar ou como não me angustiar de vê-la só em uma festinha. Mas já estou atenta. Aprendendo com ela a cada dia e tentando assim ser uma mãe melhor.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Papai do céu... cuida de quem?

Hoje, indo trabalhar, a Maria me pediu para fazer a oração. Sempre fazemos nossas orações em família no carro, indo pra escola, indo trabalhar... Mas o importante é que é um momento em que nós quatro estamos juntos e atentos a isso. 

Mas, ela pediu pra fazer a oração sozinha. Claro que eu deixei. Existe oração mais forte do que a de uma criança?

Ela começou assim: "Papai do céu, obigada pelo dia de hoje, que está lindo. Cuida da vovó e do doutor Nóici [Nórcia, o pediatra dela]..."

E assim continuou, foi pedindo de um por um. Pelos amigos da sala, pelas professoras, pelos nossos amigos, por toda a família... Mas teve um momento que pra mim foi marcante. Foi dela!

"Cuida das casas com pessoas tistes  e peocupadas".

É tão maravilhosa a sinceridade e inocência do pedido de uma criança,que sei que lá em cima, quando o papai do céu ouve isso, com certeza ele manda uma paz muito grande naquele momento para aquelas pessoas que ela está pedindo!

Obrigada meu Deus! E eu te peço: cuida dos meus? Amém!