Eles já nascem formatados!

Brincando o carnaval da forma mais tradicional
Foto: Roberto Mancuzo

Eu curto muito tecnologia, mas ao mesmo tempo curto brincar de verdade, correr, sujar a roupa, ter a oportunidade de viver o toque.

A geração que está vindo vem muito mais pronta para a tecnologia e eu tento driblar isso tudo com a minha filha, só não sei até quando.

A Maria adora um livro, pois é super influenciada por nós.

Por ainda ter dois anos, conseguimos fazer com que ela curta mesmo aquilo que conhecemos como "brincadeira de criança", mas é incrível a habilidade que já tem com a tecnologia.

Descobrindo a bacia
Foto: Carolina Costa Mancuzo

Tenho um iPhone e ele não pode ser tirado da bolsa perto dela sem que fique com ela. É só ver o celular que ela já solta um: "Pur favor mamãe, dá pra mim? Qué vê eu!". E ouvir de cara aquele por favor não tem quem resista, é mais dela do que meu.

Ela pede pra se ver por causa do álbum de fotografias, que é praticamente todo de fotos e filmes dela.

Mas é oncrível, entrego na mãozinha dela e os dedinhos já sabem o que fazer para abrir o que quer no telefone, de jogos a álbum de fotos.

Eu imagino no futuro como vai ser... Se hoje já me dá baile em tecnologia, isso porque eu não sou analfabeta digital hein?

A mosca Tsé-Tsé me picou quando a Maria nasceu, só pode!

Olha o pai dela tentando convencê-la de me deixar
dormir de vez em quando!!
Foto: Carolina Costa Mancuzo

Hoje eu tava conversando com o meu marido e disse que faz tempo que não fazemos muitas coisas que fazíamos antes da Maria nascer, como assistir um bom filme, receber os amigos em casa, coisas que eram tradicionais no nosso dia a dia.

A resposta que recebi dele com um sorriso foi: "Mas você só dorme!"

Mas não é que desde que a Maria nasceu eu ainda continuo levando a sério a recomendação: "Durma sempre que o bebê dormir!"

É gente, vida de mãe de criança pequena muda mesmo. Sabe primeiro dia do ano, que você varou a noite na farra, foi dormir com o nascer do sol e nem sabe se o dia 1º vai te ver acordado? Então, a minha este ano foi fazendo festa aqui em casa. Recebendo família e amigos, curtindo mesmo!

Deu meia noite a Maria dormiu e era hora de aproveitar meus amigos. Puxamos um colchãozinho para Maria ali junto da gente e continuamos. 

Duas horas da manhã, o sono da Maria já estava ferrado e a levamos pro quarto. Resultado, fui me aninhando no colchão dela e duas e meia já estava em outro mundo.

Nossos amigos já são de casa e ficaram até às quatro mesmo com aquela cena. Se eu tivesse acordada, claro que ficariam até às seis... Mas coitados, acharam chato.

No dia primeiro, às seis e meia da manhã adivinha quem pula a todo vapor e quer a mãe? Acreditem, sete horas da manhã eu estava prontinha, a Maria também e estávamos passeando na cidade, procurando uma padaria para comprar pão!!!

Dormir de novo... ainda não consegui... Já faz mais de dois anos que não sei o que é isso.

É, isso é coisa de mãe! Quando nasce o filho, parece que mosca do sono pica a gente!

Ela quer tomar injeção!!! Pode isso????

Foto: Roberto Mancuzo

Depois de quatro semanas com muita tosse, alguns momentos de febre, duas passagens pelo médico e muito antibiótico depois... foi diagnosticada a tão assustadora pneumonia. É, minha pequena, com pouco mais de dois anos está com pneumonia.

Confesso que eu fiquei mais assustada que todos, afinal nunca cheguei perto de uma pneumonia.

Mudamos toda a medicação e o antibiótico passou a ser aplicado por injeção. Tadinho do meu bebê!

Primeiro dia, pra ela uma alegria. Dizia: "Filha, vamos ao hospital". Como ela não tinha ideia do que isso significava, ficou feliz da vida e repetia: "Vamos no hispital mamãe!!!"

Fomos e aplicamos a primeira injeção. Ela chorou, mas logo passou. No segundo dia também não titubeou em ir, tomou injeção, chorou e fomos embora!

Agora, no terceiro e último dia, estávamos com o vovô Mario passeando e resolvemos já levar no hospital. Ele perguntou: "Você vai no hospital Maria?". E ela: "Vou vovô, no hispital". E ele: "O que você faz lá?". Ela: "Eu choro!".

Fomos. Chegamos lá e havia uma emergência, a atendente me instruiu a voltar em uma hora porque ia demorar.

Saí do "hispital" e a Maria começa a chorar dizendo: "Não mamãe, não quero ir embora. Quero ir no hispital fazer dodói!"

Ai, ai... vai entender essas crianças!!!!!!!

E esse umbigo não cai??

Tão lindo, que até ela gosta de olhar!
Foto: Carolina Costa Mancuzo

Tem coisa pior na vida do que ter que se preocupar em cuidar perfeitamente do umbigo do seu bebê para que ele não fique aquele umbigo feio?

E o medo de pegar infecção, essas coisas, afinal, é um canal ainda aberto...

O lance é que quando é o primeiro filho, como tudo com o primeiro filho, parece uma lente de aumento. O problema é muiiiiito maior do que se parece, não é?

Pois bem... Vocês não têm ideia de como eu cuidei daquele umbigo. Mas não é que o bichinho não caia. Aiiiii que nervoso, o que eu estava fazendo errado??

Normalmente entre uma semana e 12 dias, cai, tem que cair!

O da Maria já estava fazendo aniversário de duas semanas e nem sinal.

Até que fui na consulta normal, com duas semanas e o médico perguntou: "Ainda com o umbigo?" Não precisa nem dizei que avermelhei de vergonha. Por que com todo mundo dava certo, menos comigo?????

Ele foi limpar, mas pegou com uma ignorância (com todo respeito, eu adoro o médico da Maria), que quase que o umbigo foi na mão dele! "É assim? Desse jeito que limpa???", perguntei. E ele: "Claro, tem que puxar para limpar bem embaixo para não dar infecção"... Ah tá....

Passei a ser mais agressiva (se acalmem mães, agressiva no sentido figurado, puxei mais).

Não é que um belo dia, quando fui trocar a Maria (lá pelo 16º, 17º dia) o tal não estava mais lá! E tava onde??? Sabe que tem que guardar, pra dar sorte, essas lendas de mães...

Acreditem, perdi o umbigo da Maria!!!!!! Fui achar, sem querer, uma semana depois! 

Ah, ficou lindo maravilhoso o umbigo dela! Deu certo! Obrigada doutor!

Hormônios totalmente femininos!

Eu fico perplexa ao observar o quanto a Maria tem o lado feminino dela aflorado, assim tão pequenininha. Na verdade, desde que começou a interagir com a gente!

Ainda nem andava direito e já se admirava no espelho.

Adora me imitar, passar batom, pentear o cabelo, dar mamadeira pras bonecas dela e trocar as fraldas. Coisas bem femininas mesmo.

Já cheguei a perguntar para algumas amigas mães de meninos se isso é geral, no sentido da imitação da mãe, porque é a principal referência do bebê ou é instinto mesmo. E a resposta sempre foi: "Instinto!".

Os meninos normalmente são mais arteiros. Adoram fazer coisas de homem e não se interessam por essas coisas de mulher!

E aí? Instinto? Hormônios? Influência? Como são os seus filhos?

Segue junto esse vídeo da Maria super feminina! Arrumando o cabelo da mamãe dizendo que estou MAVILHOSA... Filhos, como viver sem eles??

Remédio em casa? Tem que esconder...

Foto: Roberto Mancuzo

A Maria faz parte do seleto grupo de crianças que adora tomar remédio!

Isso mesmo, ela pede para que eu dê meédio  pra ela o tempo todo. E quando acaba ela pede maisi.

Se isso é bom? Tudo na vida tem seu lado bom e o ruim. é claro que é ótimo eu não ter o menor trabalho na hora de dar remédio.

Como ela está com a garganta infeccionada esta semana, teve um dia que ela deu o cochilo da tarde e acordou com febre. Quando fui procurar a Novalgina com sabor de cereja, quem disse que eu encontrava? E precisava resolver a febre.

Aproveitei que tinha uma novalgina normal, em gotas (com aquele sabor peculiar) e resolvi dar. Para disfarçar, dei antes os dois outros remédios gostosos (antibiótico e o xarope) e na sequência vim com as gotinhas na colher, já com o copo d´água a tiracolo. O que ela fez? Tomou, franziu um pouco a testa pelo sabor, terminou de engolir e falou: "Quero maisi meédio mamãe!"

O lado preocupante deste projetinho do pai dela (ele também não dispensa um remedinho), é que tenho que esconder para ela não abrir e tomar sozinha!

Muita exposição? Dê sua opinião!

Mãe coruja?
Foto: Roberto Mancuzo

Há algum tempo venho sendo questionada por um aluno quanto à exposição que faço da minha filha neste espaço.

Como professora de Jornalismo Online e estudante desta área, muitas vezes me pergunto até onde podemos nos expor ou expor alguém nas páginas da internet.

Normalmente sou a primeira a ir contra a exposição exagerada, mas neste caso, me vejo fazendo um serviço a outras mães, com a troca de experiência, além de ter a oportunidade de compartilhar histórias como mãe.

Futuramente gostaria que a minha filha visse esse blog e se divertisse com as histórias de sua infância.

E você? O que acha disso?

Até que ponto podemos expor a nós e aos outros na rede? Participe, dê sua opinião através de comentários nesta postagem.

Depois de ter filho a gente descobre...

Tá legal, eu admiti. Mãe é quem sabe,
mas quem nos ensina são eles,
os filhos!
Foto: Sonia Zoccolaro

Quando eu era criança ou aborrecente sempre gostava de contestar as opiniões e decisões da minha mãe. Mãe sempre é exagerada, sempre espera o pior, quer nos proteger do mundo... e a gente quer viver esse mundo.

Mas na verdade, nem sempre as atitudes de nossas mães significam super proteção. Muitas vezes é apenas a experiência delas que quer nos prevenir de algo que é possível evitar.

E quem disse que passa pela nossa cabeça em algum minuto julgar que elas estão certas.

Mais uma vez, só depois que a gente vira mãe é que a gente descobre que no fundo, elas estavam certas.

De uma coisa boba, como tirar da vista do seu filho uma faca em cima da mesa a não soltar as suas mãos ao estar próximo a uma rua.

As crianças sempre acham tudo desnecessário. Por que eu não posso mexer com a faca? Eu já sei fazer isso! Por que eu não posso dirigir um carro na fazenda sozinha antes de tirar carta? Isso todo mundo pode fazer... É... são pequenas coisas, que parecem que demoram uma eternidade para que eu comece a fazer, mas na verdade tudo passa tão rápido e tudo tem seu tempo, sua fase.

Acreditem! Mãe sabe das coisas, ouviu mãe? Acho que agora eu cresci!

Qual o segredo do fim das fraldas?

Desde que a Maria tinha um ano e oito meses comecei a tentar tirar a fralda dela com a ajuda da escola.

Mas naquela época foi impossível.... Ela sofreu muito, não sabia mais onde podia fazer xixi e a psicóloga do colégio e o pediatra dela me pediram para parar!

Agora ela chegou a idade que eu não posso mais fugir, dois anos! Até o pediatra já me alertou...

O fato é que eu fugia deste momento, pois é complicado.Vamos ver...

Comecei de novo esta semana e não tive grandes avanços...

Se alguém tiver alguma fórmula mágica mande as dicas que eu aceito todas!Torçam por mim!

Não é que filho também tem manual de instruções!

Em seu primeiro mês de vida,
já no complemento da mamadeira
Foto: Carlos Henrique Mancuzo

Primeiro filho é sempre uma novidade... a gente nunca sabe muito bem o que fazer.

Ainda grávida ganhei um livro, na verdade não era um livro, está mais para uma bíblia, que conta tudo sobre a vida do bebê, de zero a dois anos. Quem me deu este presente iluminado foi minha sogra, que disse que usou muito com os filhos dela.

Parece mentira, mas é impressionante. O livro chama-se "A VIDA DO BEBÊ"  e foi escrito em 1910 por Rinaldo De Lamare, um pediatra que resolveu passar seu conhecimento para todos. Esta pérola é atualizada por vários pediatras e está em sua 42ª edição (a que eu tenho), que data de 2008. Um super manual de instruções!

Só para terem uma ideia, a primeira vez que a Maria teve soluço, nós não sabíamos o que fazer e isso aconteceu em sua primeira semana de vida. O meu marido não teve dúvida, correu para o nosso pediatra de plantão, o De Lamare, e lá estava a explicação, inclusive um textinho que nos acalmava e dizia que era normal o soluço nesta fase.

Tudo bem que por conta daquela explicação dada, que soluço se cura no peito (amamentando), que uma vez eu quase afoguei a Maria. É que, como vocês sabem, eu tinha pouco leite e já dava complemento com a mamadeira. Um belo dia, ela terminou a mamadeira e começou a soluçar. Ela com 20 e poucos dias e eu, já me achando uma expert em soluços...

Adivinhem? Coloquei no peito! O problema é que ela já tinha mamado muito e "soquei" literalmente, guela abaixo, mais leite nela. Não deu outra... voltou tudo, mas voltou muito e ela quase se afogou! Fiquei desesperada e pra variar, era noite e eu estava sozinha em casa. Mais uma vez passei a noite pedindo desculpas para a minha pequena cobaia... 

No fim, deu tudo certo, acho até que ela me perdoou... Coisas de mãe de primeira viagem!

Nasceu? Então começa a ferver tudo!

Agora a Maria já está na fase que tem que criar anticorpos!
Foto: Roberto Mancuzo

Acabou de ser mãe? Então deve estar desesperada esterelizando tudo! Você nunca ferveu tanta água em sua vida.

É chupeta que cai no chão, tem que ferver. Mamadeira, terminou de tomar, ferve. Nada chega às mãos do recém-nascido sem uma boa esterelizada.

Mas mãe de bebê novo você sabe como é? Não tem um segundo de sossego. Enquanto coloca uma coisa pra ferver, corre pra fazer outras 20. E a chance de esquecer fervendo... ah, é certeira.

Eu não sei quantas vezes me dei conta que tinha esquecido o fogo ligado. Até que uma vez, após dar um remédio na seringa pra Maria (ah... essa seringa... já me deu trabalho), coloquei a seringa pra ferver. Meia hora depois, começo a sentir o cheiro de queimado e saio correndo pra cozinha. O fundo da panela estava com as medidas da seringa gravadas para sempre lá.

O mais engraçado, é que dizem que com o segundo filho você já não ferve mais, só lava, e com o terceiro então, limpa na blusa que tá de bom tamanho! Fala a verdade, o primeiro e a mãe do primeiro sofrem!!!!

Banguncinha boa!



Esse é o lugar preferido da bagunça: a cômoda do quarto!
Perdi as contas de quantas vezes arrumo por dia...
Foto: Carolina Costa Mancuzo

 Vocês, mães, já se perguntaram como pode um ser tão pequeno conseguir deixar uma acsa inteirinha de ponta cabeça? É impressionante! Solte-os por cinco minutos, livres, sozinhos e veja o que virou do espaço em que ficaram!!!

Antes da Maria nascer, a minha casa tinha um espaço que minha irmã intitulava como "mundo perdido do beleléu", que era o escritório. Sabe como é, casa de jornalistas, professores universitários,. o escritório não tem como ser o espaço mais organizado da casa! Mas o resto nós mantínhamos sob controle.

Veio a Maria, nossa vida permaneceu igual até o dia em que ela deu o primeiro passo. Aí, adeus controle! É impressionante como ficamos ansiosos para que os nossos filhos andem, tornem-se mais independentes. Mal sabemos que aí é que o sossego acaba.

Não se pode deixar um criança de dois anos sozinha nem por dois minutos! Você não imagina o que ela é capaz de fazer.

Outro dia ela foi ao nosso banheiro, pegou um tubo de creme hidratante e estava brincando de passar na perninha dela. De repente, cadê a Maria? Virando o tubo no sofá marrom escuro da sala!!!!

É cada uma que esses pitocos nos aprontam!!!!!!

Oh dúvida cruel... frutas ou CHOCOLATE????

Ah se comer emagrecesse... quem dera!
Foto: Roberto Mancuzo

Dúvida? Pra quem? Só se for para aqueles que não são chegados em doce mesmo... mas para os demais representantes "normais" do planeta, a resposta é certeira: chocolate!

Pra minha filha não é diferente, chega a ser engraçado. Ela pode estar totalmente sem fome, recusando qualquer petisco saboroso que a gente oferece por estar mais envolvida com uma brincadeira, quando de repente, sem querer, se depara com aquele imagem marrom. Pode ser sólido, líquido ou gasoso, não importa... é chocolate! O mundo para e ela vem em direção aquilo dizendo: "Eu queeeero mamãe!"

Quando era bebê, até mais ou menos um ano e meio e ainda não conhecia o mundo dos sabores, só o das frutas, verduras, legumes, carnes... chegava a se apoiar nas pontas dos pés quando via uma banana e pedia: "Mamana mamãe, dá mamana!". Hoje, você pode fazer doce de banana que nem quer chegar perto.

Assim é com todas as frutas... impressionante como tem temperamento. Pode estar comendo quem quiser ao lado dela e mostrando que está maravilhoso que nem se interessa! Mas se perceber que a mamãe está quietinha na cozinha preparando uma caneca de leite com chocolate... ah, pode esquecer, a mamãe já não toma mais! É dela! Eita concorrência desleal!

Vantagens da natação!

A Maria é aquela do meio com os pés pra cima.
Neste dia foi com o papai.
Foto: Carolina Costa Mancuzo

Ainda na barriga eu já imaginava que colocaria a Maria na natação na primeira oportunidade que surgisse. Além de ser algo super importante para o bebê, é uma segurança a mais para gente.

Com oito meses fiz a primeira aula experimental com o objetivo de já começar. Mas não foi bem assim. Por coincidência, ela pegou um resfriadinho no dia seguinte, que já estava já dando sinais um dia antes. Aí fiquei esperando passar, depois não tive tempo e tempo foi passando... No fim passou mais de um ano.

A Maria só entrou de vez na natação com um ano e dez meses. É que com as férias de dezembro, o calor e o aumento de vezes em que fomos a piscina, percebi que a falta de medo e desejo de ganhar aquele espaço sozinha cresciam. Foi quando tomei vergonha e voltei.

Não precisa nem dizer o quanto foi bom né?

O avanço que ela apresentou em apenas um mês de aula foi visível. Por incrível que pareça, a Maria andava assustada com a água do chuveiro na cabeça. Todo dia lavar a cabeça era uma novela. Tudo porque um coleguinha da escola virou um copo d´água na cabeça dela.

Em uma semana de aula, ela já passou a querer enfrentar o chuveiro. Agora, dois meses depois, o que ela mais pede é para mergulhar o tempo todo na piscina e quer tomar banho três vezes por dia. Tudo para lavar a cabeça. Jajá vai estar nadando sozinha e aquele medo que me acompanha quando tem piscina perto, vai sumir logo logo!

Sorte que voltei atrás rapidinho...

Ai que sono...

Fiquei ausente pela correria de trabalho, casa, filha, mas principalmente pelo sono que tomou conta de mim nos últimos dois dias.

Não, não é gravidez, é a Maria mesmo... E o fato de ser mulher!!! É que nos últimos dias, cheguei em casa tarde da faculdade e um dia fiquei junto ao meu marido dando apoio moral enquanto ele montava a nova televisão. Isso até à 1h30 da madrugada. Pouco tempo depois, às 4h30, a Maria, que em um dia de sono muito cedo (havia dormido às 18h00), acordou querendo ficar acordada...

Dormir de novo, só às 5h30, pra acordar às 6h. Ai, como meu olho ardia querendo ficar fechado! Mas... ok! O dia estava começando.

Acontece que a noite seguinte foi quase igual. Dormi às 00h30 e a pequena acordou à 1h30 porque estava com o nariz ruinzinho... Tadinha...

Hoje, no dia dedicado a nós mulheres, quero parabenizar a todas que de uma forma ou de outra se desdobram em múltiplas funções e terminam o dia sempre prontas para enfrentrar o que vier à noite, porque são assim: mulheres!

O melhor conselho que recebi...

Tudo bem que em um lugar como esse é mais fácil dormir...
Foto: Roberto Mancuzo

Conselho se fosse bom não se dava, vendia, não é mesmo?

É impressionante a quantidade de pessoas que gostam de dar palpites em nossas vidas. Claro, é mais fácil a gente achar problema na vida dos outros do que na nossa. Isso faz parte da natureza humana.

É sempre assim, fica adolescente, as tias já começam: "Tá namorando? Não vai arrumar um namorado?". Aí começa a namorar: "Quando vão casar? Já está na hora de oficializar esse namoro!". Se casa, ainda no dia do casamento mais cobrança: "E filho? Tem que ter filho. Uma família só é completa com filho!". Finalmente faz o tão esperado filho e começa ouvir: "Quando vai ter o segundo. Filho não pode ficar sozinho! Quem tem um não tem nenhum..."

O tempo todo as pessoas querem dar seus pitacos.

O importante é que nem todo conselho ou cobrança é ruim. O importante é saber filtrar as coisas que escuta.

O melhor conselho que ouvi quando tive minha filha veio da minha médica obstetra, a  doutora Juliana Kuhn Medina. Ela disse assim: "Não mudem a rotina de vocês por conta do bebê. Ele quem deve se adaptar à rotina da casa! De manhã, abra as janelas do quarto para que o bebê saiba que é dia. Não fique em silêncio para que ele possa dormir, faça com que ele aprenda a dormir com os barulhos da casa!"

Se tem um conselho que eu passei a dar foi esse. Pois nós resolvemos seguir e foi muito bom. A Maria nunca foi uma criança que tivesse dificuldade em dormir em lugares públicos. Nós não precisamos parar de receber amigos à noite. Ela se ambienta em qualquer lugar, é realmente ótimo.

Portanto doutora, agora que você vai ter a sua menininha em casa, siga seu conselho! Foi o melhor que eu já recebi!!!

Fome de quê?

Comeu tudo!!!
Foto: Roberto Mancuzo

No caso da Maria, fome de tudo!

A maioria das mães tem dificuldade em fazer seus filhos se alimentarem. Cansei de ver a cena de mãe com uma colher na mão correndo atrás do filho para que ele coma pelo menos um pouquinho. 

Eu, graças a Deus, não tenho esse problema. Muito pelo contrário, é mais fácil você me ver correndo da Maria com a colher na mãe e dizendo: "Chega, você já comeu demais!".

Eu sempre disse que o fato de eu ser gordinha era culpa da minha mãe que me deu comida demais. Claro, a gente sempre precisa culpar alguém. E tem alguém melhor do que mãe por carregar todas as nossas culpas?

Antes de ser mãe, eu jurava que minha filha poderia até passar fome, mas não seria gorda! Mentira gente, só consegue pensar isso quem ainda não é mãe. O que a gente quer mesmo é vê-los bem alimentados.

O segredo do meu sucesso? Não tem! O segredo está que ela veio com apetite mesmo. Para não fazer com que ela se torne uma criança obesa por isso, tive que dar alimentos saudáveis. Então, nunca me deixei levar pelas facilidades da comida pronta, como as papinhas e afins.

Quantos domingos passei cozinhando sopinha para congelar pra semana? Muitos! Mas valeu a pena... Olha que menina mais saudável e gostosa que tenho em casa!

É isso mães, nada de preguiça, por filho, vale tudo!

Cantando parabéns

Só para não passar batido uma data tão especial, olha este vídeo da Maria cantando sozinha o parabéns nos dois anos dela. Eu e ela no quarto cantando!

Mãe é tudo igual mesmo...

Pensando bem... ela é mesmo mais esperta que as outras!! rs
Foto: Dindo Ique

Já reparou que toda mãe quando vai contar do seu filho abre um sorriso e começa a falar das coisas boas? Isso não é coisa de mãe de criança pequena ou de mãe de primeira viagem... É coisa de mãe mesmo.

Acontece que quando fazemos isso não nos damos conta, muitas vezes, de que estamos fazendo um papelão. E quando duas mães, de filhos da mesma idade se encontram? Parece até briga de forças. Uma quer mostrar o quanto o filho dela é mais esperto que o da amiga.

Ontem passei por uma situação como essa e, por incrível que pareça, só ouvi, não falei (eu juro!). Foi tão engraçado, porque eu imaginei como eu faço os outros ficarem ouvindo o quanto a Maria é esperta, inteligente, linda, companheira... hahahaha!!!! Tudo isso é verdade, mas parece que fica mais verdade quando a gente compartilha.

Mas não se animem, não pense que perceber isso fará com que eu me torne uma pessoa sensata. Isso nunca! Ainda farei muiiitos ouvidos de penico. Afinal de contas, eu sou mãe!!!

** Ah, hoje é um dia muito especial, há dois anos nós colocamos esse lindo bebê no mundo! Aniversário da nossa pequena... 

Rotina intensa, queima neurônios....

Precisa de hora com um sorriso desses
todos os dias?
Foto: Roberto Mancuzo

Não importa a profissão, o trabalho ou a rotina extra-casa, a verdade é que a partir do momento em que você coloca um filho no mundo, começa a correria.

Pode ser recém-nascido, criança, jovem ou adulto, filho é filho 24 horas, não tem cartão de ponto para você atender só naquele horário... E o momento de desligamento total do mundo não vai mais fazer parte da sua vida.

A correria é tanta, que chega uma hora que você pode começar a trocar os pés pelas mãos!

O dia começa bem cedo, às 6h, trocando a roupa da filha para ir  à escola, escovando os dentes, preparando mamadeira, arrumando a mochila. Só depois que a mãe pensa em se arrumar, eles sempre em primeiro lugar!

Durante todo o dia é só correria, pra lá e pra cá, ou atrás deles, arrumando bagunça, brincando, brigando...

Outro dia acordo, como de costume com o chamado da Maria. Ela é pontual, sempre levanta pelo menos cinco minutos antes do despertador. Como de praze, levantei, tirei ela do berço, coloquei no trocador, troquei fralda, tirei pijama, vesti a roupa da escola, arrumei o cabelo dela, coloquei o tênis. Mas o sono que eu estava sentindo estava me consumindo. Fiz tudo praticamente de olhos fechados.

Quando fui levá-la ao banheiro para escovar os dentes, o Mancuzo levantou e falou: "o que você está fazendo a esta hora, ainda é uma da manhã!"

Aiiiiiii.............. nem pensei duas vezes, deitei ela com a gente mesmo na cama, com a roupa do escola já e aproveitei para dormir 10 minutinhos a mais no final da manhã.

Mãe é assim... chega uma hora que faz tudo robotizado, sem nem mais olhar a hora! Preciso dizer que depois disso comprei um relógio????