quinta-feira, 24 de maio de 2018

Como tirei meu filho da minha cama

Cuidado: eles querem o comando! rsrsrs
Foto: minha, claro!
A conta é simples: uma casa de três quartos, um casal e dois filhos (um menino e uma menina). O casal dorme no seu quarto, na cama de casal, a filha no quarto dela e o filho no quarto dele, certo?

É... agora é certo! Mas pra chegar neste resultado... ah! Foram longos cinco anos, pouco sono, muito cansaço e muita tentativa frustrada!

Mas no final, conseguimos e quando conseguimos nem foi difícil como parecia!

Tenho dois filhos: a Maria, de 8 anos e o Pedro, de 5. Maria sempre foi muito boa de cama. Dorme a noite toda desde os 2 meses de idade. Sim, cheguei a passar pela fase dela ir ao meu quarto à noite. Cheguei a deixá-la horas chorando no quarto dela até que entendesse que aquele era o seu lugar. Não, não foi facílimo! Mas foi!

O mais engraçado é que depois que passa, parece que a gente tem o incrível poder de deletar os maus momentos de nossas memórias! Mãe é assim! Fica louca, cansada, desgastada, sem tempo pra nada, mas quando vai lembrar dos filhos, normalmente só lembra das coisas boas.

O Pedro é que me deu um trabalho que eu não sabia mais o que fazer. Eis que ele completou cinco anos e ainda dormia na minha cama! Justo eu que por ter uma filha que não deu este trabalho, achava um absurdo as mães dizerem que não conseguiam tirar os filhos de suas cama. Eu pensava: "Preguiça de enfrentar e educar!" Só podia ser...

Acontece que quando julgamos os outros não demora muito para termos que aprender com isso! E veio o Pedro para esfregar isso na minha cara! rsrsrsrs

Pedro é uma criança que tem a noite agitada desde que nasceu. Sempre acordou muitas vezes à noite. No primeiro ano dele, me lembro de andar em estado de exaustão. A única coisa que eu pensava era que eu estava cansada, que eu precisava dormir. Não tinha força pra nada!

Aí eu ouvia de tudo. Tinha mãe que falava que com um ano regulava, outras que com três, outras que só depois dos cinco e tinha ainda as que diziam que o filho dormia na cama dela até os dez.

Eu pensava: comigo não vai ser assim! Imagina. Deixa minhas férias chegarem que eu me encorajo
De quem é essa cama mesmo???
Foto: minha!
de passar algumas noites em claro e dou um jeito nisso rapidinho.

As férias chegaram algumas vezes, e passaram, não sem que eu tentasse. Por vezes eu tentava nas férias, em outras em tentava tendo que acordar cedo mesmo, pois não aguentava mais... Mas no fim, ele sempre vencia. Ele vencia o meu cansaço! Eu escolhia dormir, nem que isso significasse tê-lo na minha cama.

Eis que um dia, logo após ter completado cinco anos, resolvi agendar com a psicóloga da escola para falar sobre a minha filha mais velha. Conversa vai, conversa vem e o assunto: Pedro dorme no meio de mim e do meu marido chegou.

Claro que eu sabia que ela ia me detonar! Até porque, Pedro tinha acabado de completar cinco anos. Fazia mil coisas sozinho, mas não dormia no quarto dele.

Expliquei pra ela que ele sempre alegava ter muito medo, especialmente medo de ficar sozinho. Disse que eu achava que essa agitação noturna só podia ser reflexo da minha gravidez, que foi agitada e cheia de contratempos... Ou seja, dei as desculpas que eu mesma costumava usar quando pensava no assunto.

Ela analisou algumas questões que eu disse sobre a personalidade dele e concluiu: "ele está usando de argumentos que façam com que ele possa ficar com você! E vocês estão aceitando. Qual o problema disso? O problema é que essas atitudes (de deixá-lo no meio de nós dois e outras que eu havia mencionado) terão consequências futuras!"

Ela disse que quando ele tiver seus 17 anos e tiver que tomar decisões, essa superproteção pode fazê-lo uma pessoa insegura e com dificuldades de tomar decisões sozinhos. Vai sempre depender da gente para isso.

Disse também que essa proximidade exagerada, especialmente de dormir junto, passa a fazê-lo não entender a mãe como esposa do pai e, inconscientemente é claro, passa a ver a mãe como mulher e não só como mãe. No futuro isso pode significar problemas nos relacionamentos e ele pode nunca achar uma menina ideal, pois nenhuma se aproximará do que a mãe é.

Sabe, já ouvi muita coisa sobre o assunto. Eu sabia que não era legal... Mas isso mexeu mesmo comigo! Quero que o meu filho seja feliz! Como adulto, como profissional, com uma menina bacana! E sim, tenho que pensar nas minhas atitudes de hoje que podem interferir no futuro.

Lembro tão bem uma vez de uma psicóloga me dizer: "A infância é a fase mais curta de nossas vidas, mas que definem o resto de nossas vidas!" Sempre achei isso tão real. Porque pensando bem, tudo volta ao que tivemos como nossa base. Então, hoje eu vivo o momento mais importante da formação da vida deles, e sim, vou errar e muito! Vou ser culpada de muitas coisas! Mas se eu puder mudar e melhorar algumas, tenho que fazer isso.

Naquele dia mesmo, cheguei em casa e já tive uma conversa com ele. Disse que ele estava grande, que ele já fazia tantas coisas que me deixavam orgulhosa, que ele estava se tornando um menino grande e independente! Mas que ele precisava começar a dormir no quarto dele para enfim ser um menino grande e deixar de ser bebê!

Expliquei que medo todos nós temos, mas que eu e o papai estávamos ali, pertinho e que ele podia confiar que nada de ruim iria acontecer. Disse também que eu ficaria com ele até que ele dormisse e só depois iria ao meu quarto.

Nossa, foi incrível, foi mágico, foi maravilhoso! Ele nunca mais dormiu no meio de nós. Assumiu a responsabilidade de ser um menino grande. Ficou orgulhoso dele mesmo e agora nem pede mais para vir pra nós!

Sabe o que descobri? Que quem precisava ser curada, quem precisava amadurecer não era ele, e sim eu! Quando eu entendi como isso poderia refletir na vida dele e no futuro dele... eu venci e assim fiz com que ele também acreditasse em si próprio.

No fim, muitas coisas ficam travadas por conta de nossas próprias cabeças, mas é mais fácil acreditar que o medo é deles!

Vai lá! Cura esse seu medo e confia no seu filho! Depois me conta como foi pra você!

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Quando deixamos de ser filhos...

Tem momentos em que minha única vontade é voltar a ser criança, adolescente, jovem... Não, a verdade é que tem momentos que o que eu quero mesmo é poder ser filha. Pronto!

Não, não é que hoje eu não seja mais... Mas mudou, tudo ficou tão diferente...

Quando a gente é filho, tem mais direitos... É muito mais corajoso! Não há nada que a gente tema. Nem mesmo uma boa bronca do chefe, quando já somos adultos. Quando somos filhos temos o maior suporte que qualquer pessoa pode ter no mundo: o braço de nossos pais.

No fundo no fundo, quando a gente é filho, não precisa se preocupar profundamente com as coisas. Tem alguém, por trás de nós, que já tem este papel!

E quando é que deixamos de exercer esse papel de maneira irrestrita? Pra mim não foi quando eu terminei a faculdade, nem quando comecei a trabalhar e pagar minhas contas, nem ao menos quando eu casei, que aí havia outra pessoa (meu marido) que podia se preocupar comigo. Na verdade, o casamento fez com que mais alguém, um terceiro ser, estivesse ali por mim.

Mas há um momento, um momento em que toda essa segurança vai embora! Um momento em que pela primeira vez você é apresentado ao mundo! É quando você se torna mãe ou pai.

Por mais magia que dizem estar rodeado este momento (e de maneira nenhuma quero dizer que não está), mas é só ali, quando seu filho está no seu colo, principalmente quando ele chega com você a sua casa, que você vive a maior transformação da sua vida! Você passa a ser pai/mãe.

A partir dali você é que é a força, a coragem, a bravura, a proteção, o carinho de uma nova pessoa! A partir dali, você passa de filho para pai.

Pra mim, essa sensação foi um choque de realidade. É sim de muita alegria, mas também de uma dureza absurda!

O choque passa, eu garanto! Mas a sensação de que você não está mais por você, ah, essa é para sempre!

É engraçado isso. Mas quando somos filhos, nem sempre percebemos que estamos ali como filhos ainda no mundo. Muitas vezes, o que sentimos é que somos nós por nós mesmos. E é daí que muitas vezes nos vem a coragem. Coragem de enfrentar um chefe, de dar um pé em um curso, de largar tudo e começar tudo de novo. Porque parece que o único "prejudicado" somos nós!

Não pensamos muitas vezes ao tomar uma decisão, porque no fundo no fundo, sabemos que de fome a gente não morre e nem ficamos sem ter onde dormir, estamos na casa de nossos pais. E nem de falta de amor, pois eles estão ali.

Hoje, que sou mãe, que sou o suporte, penso que como às vezes essa visão de ser eu comigo mesma, enquanto eu era filha, era uma visão egoísta. O fato é que nunca é você com você. O fato é que sempre tem alguém ali, atrás de você, e cada passo incerto que você der vai trazer a essas pessoas a sensação de que elas erraram.

Quando nos tornamos pais e nossos filhos tem problemas, pelo menos pra mim é assim, a primeira pessoa que questionamos é a gente mesmo. Onde eu errei, o que não ensinei direito, como não percebi. Dos menores aos maiores problemas.

Sim, eu sei, cada um é responsável por suas atitudes... Mas um pai e uma mãe sentem que tem uma responsabilidade dupla: consigo mesmo e com eles, os filhos!

Ontem vi minha filha chorar de dor na barriga. Muita dor. Me assustei, claro. Mas pais tem que trazer consigo uma outra coragem, a coragem de que estão ali e que tudo vai passar. Fomos ao hospital e, graça a Deus, o problema era cocô empedrado. Ela é naturalmente muito ressacada e chegou em um ponto em que precisou de ajuda para tirar tudo aquilo.

Um problema pequeno e fácil de ser solucionado, graças a Deus. Mas junto a ele, mais uma vez, a sensação de que errei. Errei ao não insistir que ela comesse as frutas que deveria, ao não ser mais incisiva nos legumes e verduras, ao não tentar fazer algo para mudar quando via que o cocô estava muito duro.

Mas já me perdoei. Me perdoei porque eu posso fazer tudo isso a partir de agora e ela não vai mais precisar sentir essa dor. É só mais um motivo para ser chata, mas mãe que é mãe é chata mesmo. Talvez essa seja uma das maneiras de mostrarmos que amamos, e que talvez eles só percebam quando tiverem neste papel.

Sim, muda tudo! E ainda assim não tem sensação mais intensa do que esta! Eu só tenho a agradecer!

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Qual o melhor momento para tirar a fralda da criança?

E vai dizer que não parece um moço?
Foto: Papai Mancuzo
Existem coisas no universo infantil que não tem receita, cada filho é de um jeito e cada momento é único! Mas se tem algo que eu descobri a fórmula, é sobre a hora de tirar a fralda.

Quem acompanha meu blog já leu aqui uma série de postagens sobre minhas experiências com a Maria (para ter acesso a cada uma delas, coloquei os links no fim deste texto). Agora estou na fase de retirada de fraldas do Pedro.

Tudo foi diferente... ou melhor, está sendo. Primeiro que eu não tive pressa nenhuma! Nenhuma mesmo! O que me leva a querer que meu filho tire a fralda correndo? A pressão da sociedade (que sim, fica nos cobrando o que estamos fazendo o tempo todo)? A economia de gastos com a fralda? Será certo acelerar o processo e, aí sim, ter o risco de traumatizar a criança para diminuir o custo mensal? Não que seja fácil nos dias de hoje ganhar dinheiro, mas tudo tem seu peso e acelerar o processo não pode ser a decisão mais certa.

Resolvi deixar, deixar, até que, finalmente, ele começasse a me mostrar os famosos sinais! E que sinais são esses? No caso do Pedro, a fralda começou a incomodar. Ele andava tentando tirar. Quando ele ia tomar banho, ele achava legal fazer xixi no chuveiro, perceber o xixi saindo. Ficar molhado também começou a ser chato e ele me alertava que tinha feito xixi.

Pronto, chegou a hora! Com dois anos e três meses, avisei a escola, tirei as fraldas da bolsa, aumentei o estoque de cuecas e shorts e lá foi ele: manhã na escola e tarde em casa sem fraldas.

É mentira se eu disser que ele já começou abafando e nunca soltou o xixi no chão. Na primeira semana, todas as vezes foram no chão comigo. Na escola elas diziam que ele fazia vez ou outra no vasinho. Me dava a impressão que ele não sentia quando a vontade vinha. Quando acontecia, já saía. Nesta primeira semana cheguei a pensar que não estava na hora, mas resolvi insistir... por que o segredo, descobri logo depois, estava em mim e não nele.

É isso mesmo! O segredo da hora certa de tirar a fralda não está na criança apenas (embora eles tenham mesmo o tempo deles e temos que observar os sinais e respeitar, sem comparar com os colegas). Mas o segredo está também nas mães. O nosso desespero, ansiedade, transparece para eles em forma de cobranças.

Ficamos irritadas com as escapadas do xixi. Ficamos pensando que estamos errando aqui ou ali. Nos pegamos cada vez mais buscando dicas na internet... Quando a única coisa que vai resolver e ajudar nossos filhos é a calma!

Sim, este é o segredo. Muito diferente da Maria, quando o Pedro soltava, e ainda solta, xixi na calça, a minha reação é natural! Brinco com ele. Pergunto se ele esqueceu de pedir. Levo ele no banheiro e o limpo e aviso que da próxima vez, é só ele pedir que a mamãe leva ele no banheiro, para ele não ter que ficar molhado. O resultado, é que aos poucos eles assimilam. Em uma semana, duas ou até mais de um mês depois. No tempo deles!

Para eu não ficar preocupada para o caso dele fazer xixi na rua, na casa de alguém, no shopping... Levo sempre na bolsa um pano, que eu possa limpar o chão, um saco plástico, para colocar a roupa de xixi e muitas cuequinhas e shorts para que ele possa ficar sequinho de novo. Assim não me sinto constrangida, não dou trabalho para os outros e ajudo a mostrar pra ele que eu confio nele, sem precisar colocar a fralda como uma demonstração de insegurança minha.

Claro que as coisas acontecem às vezes diferente dos nossos planos... Ontem mesmo, no meio de uma reunião de pais da sala da Maria, não tive com quem deixá-lo e o levei comigo. Imaginando que não ia demorar e que há pouco ele tinha feito xixi, deixei a bolsa dele no carro! Sim, foi lá, no meio de todo mundo, que ele esqueceu e fez xixi na calça. Pedi desculpas, avisei a coordenadora que estava lá e fui embora... Acontece, mas não me faz perder o sono.

Ah, e o lance da fralda está tão incorporado, que ele não gosta nem de por a noturna (tenho que colocar depois que ele dorme). Ele diz que não quer mais colocar fraldinha de bebê, pois ele já é grande. Chegou a acordar noite dessas e me pedir pra levá-lo ao banheiro. Esta vai ser mais rápido do que eu esperava!

Como prometido, seguem as postagens do dilema das fraldas com a Maria:




segunda-feira, 8 de junho de 2015

Mães: Qual o limite do celular?

Imagem: Getty Images
Sim, sim, os tempos mudaram... E como mudaram! Hoje corremos muito, fazemos várias coisas ao mesmo tempo e muitas vezes temos pouco tempo para ficar com os nossos filhos, certo?

Mas o que importa, segundo os psicólogos, não é a quantidade de tempo que você dedica ao seu filho, mas a qualidade deste tempo.

Eu mesma, neste caso, dou a mão à palmatória. Se eu tivesse que ficar 100% do meu tempo com eles, iria enlouquecer, enlouquecê-los e enlouquecer meu marido. Ter uma atividade extra-casa, no meu caso, trabalhar, é um alento para a alma.

Porém, nos dias de hoje, quem fica em tempo integral ou quem tem menos tempo para se dedicar aos filhos passou a ter um companheiro: o celular.

Um vício! Essa é a conclusão que eu chego! Como outro qualquer: beber, fumar, comer... E como todos os vícios, é prejudicial. Pode prejudicar o casamento, o trabalho e também a relação com os filhos.

Levo meus filhos duas vezes por semana na natação. Enquanto eles nadam, fico olhando. Sim, algumas vezes fico conversando com alguém e não olho o tempo todo, mas sempre passo os olhos, afinal, estou ali e eles observam se eu olho e ficam felizes em mostrar o que estão fazendo.

Esses dias passei a notar o comportamento das mães que esperam. Sem exceção, todas passam mais de 70% do seu tempo vidradas em seus celulares. Ok, ok! Pode ser que com a correria do dia a dia, aquele seja um dos poucos momentos em que elas podem ver suas mensagens, jogar um joguinho ou mesmo não pensar em nada...

Só que uma me chamou muito a atenção. Assim como eu, seu filho está começando a adaptação na piscina sem a presença da mãe. Por conta disso, ainda tem que ficar ao lado da piscina para passar segurança ao filho. O que observei é que durante todo o tempo que ela estava ali, nem por um minuto ela olhou o filho, ficou o tempo todo com os olhos no celular. Depois que acabou a aula, chegou a ficar uns 15 minutos a mais no local, deixando que o filho brincasse nos brinquedos, para passar mais tempo no seu celular.

Eu não sei a vida dela e nem tenho direito de julgar ninguém, mas o que tenho observado me fez parar para pensar! Será que não estamos nos enganando quanto ao tempo que passamos com os nossos filhos? Será que o celular não está tirando deles momentos que eram ou deveriam ser de exclusividade entre mãe e filhos? Acho que é algo que precisamos pensar!

Na minha rotina eu tirei o celular de momentos deles. Claro que em casa ainda mexo bastante, principalmente quando preciso abstrair do mundo um pouco. Nessas horas jogo meus joguinhos e esqueço do mundo. Mas sabe que até isso tem me incomodado?

E você? O que acha? Passa dos limites com o celular? Ou acha que ele é um aliado para quem estava aquém do mundo neste mundo materno?

quarta-feira, 6 de maio de 2015

É muito mais do que dia das Mães, pra mim, é Semana da Família!

Pra mim, todo ano esta semana é pra lá de intensa... Intensa em todos os sentidos, mas principalmente de sentimentos.

Neste ano, começou domingo (03/05) e vai até o próximo domingo (10/05). Imaginem ter na mesma semana, aniversário do filho caçula, aniversário de casamento e dia das mães. Parece até que Deus escolheu essas datas tão próximas em minha vida para que, uma vez por ano, eu me obrigasse a pensar na obra que ele fez em minha vida: a família!

Sem dúvida nenhuma eu concordo que ser mãe é uma função diferente de todas as outras. Foi quando eu descobri que não tinha mais jeito, havia mesmo chegado a hora de amadurecer. Uma responsabilidade que não se compara com nenhuma outra e que mudou completamente a minha vida há cinco anos.

Em muitos momentos a gente questiona onde a gente entra depois que nos tornamos mães! Com certeza passamos para segundo, terceiro plano dentro de nossas próprias vidas. Claro que temos que nos policiar e tomar cuidado para não nos deixar totalmente de lado... mas que o primeiro lugar deixou de ser nosso, ah, isso não há dúvida!

Tanta responsabilidade também nos faz sentir falta, em alguns momentos, de quando éramos seres individuais. Mas pra mim, essa falta passa rapidinho quando me vejo em uma condição só novamente. Como quando as crianças saem ou quando passamos uns dias longe delas.

Não, não estou louca! Sei e concordo que é importante para a nossa sanidade e para a sanidade do nosso casamento que tenhamos tempo para nós. Isso é mesmo muito saudável e eu adoro. Tenho mudados alguns hábitos em casa para proporcionar isso a mim e, principalmente, ao nosso casamento.

Mas quando suprimos essa necessidade e passa umas horas, começamos a ouvir a voz do silêncio, que não combina mais nenhum um pouco com o nosso lar. E aí, ah, aí bate uma saudade... É quando percebemos que tudo faz muito mais sentido quando somos quatro, que ser um ou dois não é melhor que sermos todos juntos.

E quando do nada, sem esperar, recebemos um abraço gostoso, um cheiro ou ouvimos um chorinho gostoso de "quero a mamãe"? É aí que nos damos conta que não, não há no mundo amor que mexa com os nossos sentidos e nos faça ter força e coragem para enfrentar toda e qualquer aventura da vida.

Isso se torna ainda mais evidente e latente quando esse amor é compartilhado por um grande parceiro. Alguém que nos respeita, nos admira, nos ama e sim, muitas vezes também sente vontade de nos matar! E seria tão bom se não tivesse essa pitada de desconserto que faz com que de fato a nossa vida se encaixe e faça todo o sentido?

Então, já que Deus foi tão bondoso comigo e me fez parar, anualmente, para pensar sobre esse quebra-cabeça que é a família, nada mais digno de que minha parte de mostrar que eu entendi e de agradecer, dia após dia a oportunidade de viver esse caminho que Ele escolheu pra mim e que, embora tenha desacertos, tristezas e tantos questionamentos, não poderia ser melhor!

sexta-feira, 27 de março de 2015

Será mesmo que todo Pedro é arteiro?

Olha a cara de sapeca!
Logo que soube que eu ia ter um menino, começamos a discutir o nome. Engraçado que nós só tínhamos nomes de meninas! No fundo acreditava que só teria menina.

Foi mais ou menos um mês depois de saber para que chegássemos a um consenso. Mancuzo definiu Pedro e eu queria Antônio.

Ele ganhou quando fez uma brincadeira para chamarmos o nosso filho. Disse assim: Vamos fingir que estamos chamando a criança, e começou "Pedro, Pedro, Pedrinho!" e em seguida "Antônio, Tonho, Toninho!"

Nem preciso dizer que o nome Pedro venceu sem discussões depois disso.

Pois foi só dizer que ele se chamaria Pedro que começaram a dar palpite. "Pedro é um nome lindo, mas todo Pedro é arteiro". "Que legal, Pedro, é clássico! Mas cuidado, Pedro é capeta!"... e vários outros comentários!


Eu nem ligava! Achava uma bobagem. Até parece que o nome que define a personalidade de uma pessoa.

Pedro nasceu um bebê lindo e gostoso. Tirando as crises de rinite que o acompanharam desde o primeiro mês de vida e até hoje me assombram, era um bebê calmo. Dormia bem, não era chorão...

Mas a personalidade de uma criança também não se define enquanto é bebê, ou ao menos não se conhece!

Conforme ele foi crescendo, foi mostrando sua eletricidade!

Pedro é um menino inteligentíssimo! Acho surpreendente o cruzamento de ideias que ele tem. Fala muito, mas não são palavras soltas, são pensamentos mesmo. É carinhoso que só ele. Super musical, no alto de seus um ano e quase 11 meses, já canta inteiras mais de 20 músicas. Basta apresentar uma vez que ele já grava. Anda pra cima e pra baixo com um pianinho (mais um tecladinho) que ganhou do pai. E quando está bravo, sai de baixo! É mesmo bravo. O não é a palavra de ordem.

Pra conseguir algo dele, basta ser contrário ao que ele quer, aí ele faz o que você quer. Diga que ele não precisa comer, ou que você vai comer a comida dele e pronto! Come tudinho. Mas quando ele vê que você vai dar uma bronca... abre um sorriso imenso, se encosta em você e diz: "Você é linda!" ou "Eu te amo". E você amolece e nem lembra que ia dar uma bronca!

Mas feche os olhos cinco minutos pra se preparar para uma arte das bem dadas! Outro dia abriu a torneira da pia da Maria, que estava com o ralo tampado e saiu. Alagou o banheiro todo. O gavetão que fica embaixo da pia empenou de um jeito que nunca mais foi consertado.

Nunca, mas nunca deixe a porta de um banheiro aberta. Ele adora subir e ficar em pé em cima da pia. Subir aliás é uma de suas peripécias preferidas, seja onde for. Talvez por isso seu super herói preferido seja o Homem Aranha (ou "Dona Aranha" como ele prefere chamar).

Mas quer vê-lo bem quietinho sem dar um pio? Ligue a Peppa Pig na televisão, Ipad ou celular. Ele ama assistir a "Minha Peppa".

Adora a imitar tudo o que a irmã faz. Mas tem uma opinião super forte. Se ela tenta convencê-lo de algo que ele não quer, não pensa duas vezes e até dá uns tapas nela para mostrar que não está afim...

É... não é a toa que ouvimos aquele "Para Pedro, Pedro para" por aí! O mais engraçado, é que quando ele está chorando e você diz: "Para Pedro", ele engole o choro na hora e diz: "Paro!".

Esse é o nosso Pedro. E se você está em dúvida do nome que pretende dar ao seu menino, acho que já te dei mil motivos para não desistir de Pedro. Não vai se arrepender nem por um segundo!

quarta-feira, 18 de março de 2015

Adolescente aos cinco anos, como será às 15???


Eu tenho uma adolescente de cinco anos em casa! Adora me contestar. O que importa é dar uma resposta contrária ao que eu lhe peço, não importa o que for!

Funciona mais ou menos assim. Todo dia ela pede pra colocar bota, eu digo não, bota é só no frio. Ai faz um dia de frio e você fala: "Filha, hoje vamos por bota?" E escuta um belo e sonoro não!!!

Ai você começa a tirar as regalias dela pra que ela entenda que ou obedece ou quem perde é ela. O que acontece? Nada! Ela continha a enfrentar!

Afinal, qual a melhor forma de enfrentar essa fase???? Que fácil não é....