quinta-feira, 31 de julho de 2014

Quando colocar o filho na escola?


Pedro e Maria no primeiro dia de aula após
as férias de julho.
Foto de mamãe Carol
É claro que cada família tem uma realidade. Há aqueles que o pai e a mãe precisam trabalhar e ninguém pode ficar com a criança e tem que colocar de cara com quatro meses no berçário. Há os que a mãe ou o pai não trabalha e que pode ficar mais um tempo. Ainda os que podem ter uma babá. E aqueles que têm avós, tios ou parentes pra dar uma força.


Mas e aí? Se você tem ajuda ou mesmo pode ficar com o seu filho, quando mandar pra escola?

A resposta dos pediatras é clara: "só depois dos 18 anos!" rs. Brincadeiras a parte, eles sempre pedem para esperar o máximo que puderem por conta das doenças. Se possível, só quando for mesmo obrigatório (o que atualmente significa seis anos, no primeiro ano da escola).

Porém, esses dias ouvi uma mãe contando que o pediatra dela é terminantemente contra colocar o filho de um ano e meio na escola. Mas que ele mesmo disse que segurou para colocar aos três anos os filhos dele, quando a imunidade começa a ficar mais regulada, e que só adiou as doenças, pois eles ficaram doentes depois.

Com um depoimento desses, o que fazer?

Bom, eu vou pela minha experiência e pelo que eu acho bom pros meus filhos.

Maria entrou na escola com um ano e cinco meses. Isso porque eu não queria colocá-la em berçário, queria de cara colocá-la na escola que ela vai ficar até o 3º colegial. 

Se ela ficou doente? Ficou! Claro! Eu não esperava que fosse diferente. Corremos bastante com ela. Demos muitos remédios... mas agora já estabilizou bem. O outro lado? Ajudou ainda mais no seu desenvolvimento social, motor e no conhecimento.

Existem coisas que não ensinamos em casa, não adianta. E a escola está aí pra realizar este papel.

Esta semana foi a vez do Pedro começar. Um ano e três meses. No primeiro dia chorou um pouco mais. Nos dias seguintes foi melhorando e acredito que a semana que vem já estará 100%.

Aí uma amiga minha me fez a pergunta: "Quem sofre mais são os pais, né?"

Depende dos pais! Eu não sofro! Como posso sofrer em deixá-lo em um ambiente que só vais ser positivo para o desenvolvimento dele? Em um lugar de conhecimento? Como posso apresentar ao meu filho a escola como sendo algo ruim ou ter dó porque ele passará boa parte da vida dele estudando?

Que sorte a dele. Estudar é maravilhoso! Conhecer e aprender é maravilhoso! Eles precisam saber disso e ter pelo conhecimento o mesmo amor que eu e o pai deles temos! Nunca deixamos de estudar. Eles nos vêm estudando até hoje. E peço a Deus que eu tenha oportunidade de aprender sempre! Até velhinha! 

Então a hora de colocar o filho na escola depende sim da sua realidade. Mas não adie por motivos banais! Faça seu filho se apaixonar pelo conhecimento que com certeza você só colherá frutos no futuro.

Ahhh... a Maria gosta tanto que já chega em casa doida pra fazer a tarefa. E quando chega as férias, conta os dias pra voltarem as aulas!

terça-feira, 22 de julho de 2014

ELES são tão diferentes DELAS!

Uma moça no casamento do dindo.
Foto: Dindo Ique
Eu não devia, mas não tem jeito... Essa diferença entre meninos e meninas me surpreende todos os dias!!!!

Maria já tem quatro anos. Sabe quantas vezes eu precisei correr atrás dela em um lugar público, cheio de gente, com medo de perdê-la? Nenhuma! Isso mesmo! Nenhuma!

Ela é calma, dócil e obediente (claro que muitas vezes desobedece, mas em pequenas coisas, o que é natural, mostra que ela é normal). Prefere mil vezes estar próxima da gente do que correr algum risco.

O Pedro tem um ano e dois meses. Nasceu ontem e já dá nó em pingo d´água. Ele entende tudo e fala tudo. É arteiro com cara de arteiro! Adora desafiar.

Esses dias estávamos na missa e lá estava ele, correndo pra todos os lados. Por duas vezes, quando chegamos na porta próximo a saída eu disse: "Pra fora não". O que ele fazia? Voltava para trás, corria um pouco na igreja e chegava de novo na porta. Aí ele olhava para fora e dizia: "Fóla não! Fóla Não". Isso já gritando, imponente.

Tentando pegar um tuperware na
gaveta da cozinha!
Fotos: Mamãe
Pensei: "Que bonitinho, ele entendeu e obedeceu". Quando de repente, ele pega um embalo, vai pra fora, para lá com um sorriso de canto de boca, olha pra mim e diz: "Fóla Não!!" E sai dando risada! Mostrando que ele consegue!

Bom, por ser meu segundo filho, o que me fez uma mãe bem diferente da primeira, como eu já disse aqui antes, e talvez também por ser menino... Eu adoro vê-lo fazer coisas de moleque! E às vezes até o incentivo.

Como no escorregador, por exemplo! Lá em casa temos um escorregador pequeno, daqueles de plástico. A Maria brinca nele o dia todo e o Pedro, várias vezes já ensaiou subir, até do lado contrário.

Os dois, na luta pelo escorregador.
Foto: Mamãe
Pois esses dias, eu fui lá com ele e o ensinei a subir. Degrau por degrau, sozinho! Ele até me pedia ajuda de vez em quando, mas eu mostrava que ele podia fazer sozinho. Quando chegava em cima, era difícil pra ele arrumar as perninhas e sentar para descer. Nesta parte, eu ajudava. Depois o soltava e deixava que ele descesse sozinho.

Nossa! Quanto orgulho! Não parava de pensar que a Maria nunca teria coragem de fazer isso nesta idade. Pensava mais: eu nunca a deixaria fazer isso nesta idade, pois era outra mãe, lembra?

Pois é... mas essa liberdade no escorregador acabou me fazendo arrepender de ter ensinado. Ontem estávamos lá fora. O Pedro correndo pelo quintal e eu sentada olhando, quando por cinco segundos, isso mesmo, cinco segundos... eu me distraí olhando para o meu celular. Quando eu ergo os olhos quem estava em pé, sozinho, em cima do escorregador???

Com cara de "comigo ninguém pode!"
Foto: Mamãe
Vocês não imaginam... Meu coração veio para a boca. Se ele caísse tanta coisa podia ter acontecido. Fui até ele sem exaltá-lo, para que ficasse ali e consegui pegá-lo.

Para o meu azar, quando eu já estava chegando para pegá-lo, meu marido viu a cena. Nem preciso dizer que ele na hora deitou o escorregador no chão e disse: "Eu avisei que era perigoso!"

Agora eu fico pensando, afinal, ser mãe de moleque nos deixa mais moleques que eles?

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Dificuldade em aprender ou falta de interesse?

Mas quando gosta do que come... não há o que chega!
Foto: Mamãe
Cada dia que passa tenho mais certeza de que quem valoriza demais o desenvolvimento dos filhos são os pais. A gente se preocupa com tudo, compara muito com os outros, tem medo do nosso filho estar atrasado em alguma coisa e muitas vezes o pressionamos a fazer algo que simplesmente... ele não está afim. Simples assim!

Esses dias li que temos que tomar cuidado com a alimentação. Muitas vezes insistimos que ele coma tudo e não entendemos que ele se satisfaz com menos do que achamos que ele precisa. Pura verdade! Vê-se pelo tamanho dele, bem menor que o nosso, diga-se de passagem.

Mas lá estamos nós, em cima! Preocupados que eles comam tudo e esteja, bem alimentados. Que não falte nutrientes em seu dia a dia, para que fique saudável e blá blá blá blá!

Claro que temos que nos preocupar e ensiná-lo a comer. Mas com a qualidade e não com a quantidade! Afinal, queremos filhos saudáveis ou obesos? Eu, por experiência, posso garantir que quero mesmo é saudável!

Maria em sua, agora amada, bicicleta
Foto: Mamãe
Mas não é por conta de comida que eu abri essa discussão aqui. Mas por conta da bicicleta!

Há dois anos, no natal, demos uma bicicleta para a Maria. Na época ela nem tinha completado dois anos ainda. Tinha um ano e dez meses.

De lá para cá o interesse dela em aprender a pedalar naquela bicicleta era quase nulo. Ela até subia algumas vezes. A bicicleta sempre ficou junto com os brinquedos. Mas a empurrava com os pés.

Quantas vezes eu me peguei determinada a ensiná-la a andar. Explicava como tinha que pedalar, mas era impressionante! Ela não conseguia.

Confesso que aquilo me incomodava muito, de verdade! Por que a minha filha tem tanta dificuldade em pedalar uma bicicleta? O que está errado? Por que eu não sei ensinar? O que estou fazendo de errado?

Pois bem... há um mês eu tive a resposta. E ela veio em alto e bom som: VOCÊ NÃO ESTÁ FAZENDO NADA DE ERRADO! ELA SÓ NÃO ESTÁ INTERESSADA NA BICICLETA!

Como eu descobri?

Bom, uma amiga da Maria, vizinha de casa, já com sete anos (Maria tem quatro), veio brincar com ela. De repente a chamou para andar de bicicleta na rua. Ela topou, pela empolgação de estar com a amiga.

Logo pensei... "mas ela não sabe andar, como vai acompanhar?" E, claro, fui junto.

Não deu outra, a Maria não conseguia, tinha medo, travava mesmo e insistia em empurrar com os pés no chão. Não imagina o tamanho do meu nervoso. Isso porque eu estava com o meu filho de um ano e dois meses junto. Ou seja, eu acabei tendo que empurrar a bicicleta e carregar o Pedro no colo.

Neste meio tempo, a amiga perguntava estupefada: "Maria, você não sabe andar de bicicleta? Eu ando desde que tenho três anos". E mais uma vez eu comigo mesma pensava: "Onde foi que eu errei?"

Ok... passado o estresse, fomos todos para casa e eu levei comigo a frustração.

No dia seguinte, logo cedo, a Maria foi brincar com os brinquedos no fundo de casa. Eu estava resolvendo coisas lá dentro não me atentei para o que ela estava brincando. Quando, de repente, ela me chamou: "Mamãe, mamãe, vem aqui ver uma coisa!"

Chego lá e pasmem: Maria estava feliz da vida andando em sua bicicleta certinho! Se sentiu desafiada, foi lá e aprendeu sozinha. Agora há um mês que o foco dela é essa bicicleta. Anda todo dia. Jajá vou até dar uma maior porque a dela já está pequena pra ela!

Viram só: o problema está em nossa cabeça e não na deles! Mais um aprendizado!