quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Babá eletrônica? Nunca mais!


Imagem ilustrativa

Muita gente não consegue imaginar a vida sem a babá eletrônica. É ela, que para essas pessoas, dá a sensação de liberdade perdida junto a um bebê recém nascido.

No meu caso, a experiência foi bem diferente!

Nos primeiros dias de vida da Maria, quando ela ainda dormia muito pouco por causa da cólica e da fome (já que eu tinha pouco leite), qualquer soninho à tarde já acionávamos a babá para podermos relaxar um pouco na sala.

Acontece que o mecanismo do aparelho é extremamente sensível e qualquer mínimo movimento no quarto dela, a luz já acendia e o nosso coração disparava! Você não entendem... é desesperador, uma sensação constante de alerta, sem nunca ter a chance de descansar!

Mas isso não é o pior...

Quando nossa filha começou a dormir sozinha no quarto dela, a babá era a única segurança que eu tinha de que nada de mal ia acontecer. Colocava uma dentro do berço dela e a outra em minha mesa de cabeceira.

Uma bela madrugada... acordo com o choro da minha pequena e, como de praxe, vou pegá-la para dar mamar. Estou lá, no meu quarto, na minha cama, tranquila amamentando minha filha quando aquele aparelho simplesmente, sem mais nem menos, começa a reproduzir um choro desesperado de um bebê! Imagine o meu terror? Para não pensar que eu estava louca ou com muito sono, ou que sonhei, acordei meu marido e nós dois ouvimos aquele choro!

O que eu fiz? Tirei a babá da tomada, rezei e preferi acreditar que não tinha ouvido aquilo. Claro, nunca mais passou pela minha cabeça usar a babá.

Meses depois, contando a história a um amigo físico que temos, ele matou a xarada (assim eu prefiro acreditar...). Perguntou se há bebês entre os vizinhos (há muitos) e esclareceu que o mecanismo da babá eletrônica é muito sensível, pode ter captado o choro reproduzido em outra babá do quarteirão!

É... a notícia me confortou! Mas babá eletrônica? Nunca mais!

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Tá chegando a hora do parto? Prepare o grito de guerra!!!


E depois que nascem, ficam todos babões.
Olha ele ensinando a Maria a engatinhar.

 Vocês já perceberam que os maridos são infinitas vezes mais ansiosos que as mulheres para a hora do parto? Eles morrem de medo de serem pegos de surpresa. Acho que é porque não estão sentindo nada e não tem a menor ideia de quando isso pode ocorrer.

Imaginem vocês que eu, desde que completei oito meses de gravidez, vi meu marido em um estado de nervos contínuo. É que eu já não falo baixo e para tudo, quando vou chamá-lo, grito o nome dele em vez de me levantar e ir até lá falar. Fazer isso quando você está prestes a dar a luz é correr o risco de fazer seu marido ter um infarto.

Cada vez que dava um grito ele chegava desesperado com as malas prontas!

Até que um dia ele decidiu que não aguentava mais, estava na hora de termos um grito de guerra, uma palavra para dizer que aquela era a hora. A escolha da palavra foi dele: thundercats, é isso mesmo, thundercats, aquele desenho animado do Lion, da espada justiceira!!! Não me pergunte, foi ele que escolheu. Acho que é porque era algo que seria impossível que eu gritasse sem mais nem menos.

No fim da história nem precisei dar o tão esperado grito, a Maria veio na hora que marquei a cesárea, mas garanti a sobrevida do meu marido! Mulheres, escolham seus gritos de guerra!!!!

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Fala mais que o homem da cobra...

Não demora muito para que venha aquela vontade louca de que nossos filhos comecem a falar! O que vai dizer primeiro, como será a voz... Vai falar cedo ou tarde.. coisas de mãe ansiosa, imagino que de todas as mães.

A primeira sílaba é guardada a sete chaves. Da Maria foi Bá (sem nenhum significado, pois ela não tinha babá). Mas a primeira palavra foi papa, de papai. Pode pensar que dá um ciúme que fale pai antes de mãe primeiro, mas foi tão logo que disse mãe que mal deu tempo do coração se esquentar. Ela tinha sete meses.

A Maria sempre foi precoce (e isso a maioria das mães acredita). Ficamos mesmo impressionadas com a rapidez que nossos filhos evoluem! Sempre os comparamos com os outros e os nossos sempre ganham, claro. Já perceberam como as crianças de hoje nascem formatadas com a tecnologia, de fato nascem sabendo!

O lance é que com um ano a Maria já trocava mais de 40 palavras com a gente e hoje, com menos de dois anos fala pelos cotovelos. Dá uma olhada neste vídeo, um dos mais engraçados dela, contando a história do dia em que encontramos uma cobra no banheiro.... (e não é mentira, apareceu mesmo essa cobra!!!).

Ah, fiquem tranquilas, cada criança tem seu tempo, uma é mais rápida na fala e demora mais para andar... mas eles chegam sempre lá é só estimular! O duro é que depois que liga... aí não tem quem desligue!

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Remédio na seringa para recém-nascido

Foto ilustrativa  retirada deste site 
Remédio com dosagem em ml normalmente é dado na seringa, tanto para recém-nascido como para crianças um pouco maiores. O fato é: ninguém te conta como isso deve ser feito exatamente.

Olha a minha triste experiência...

Maria com 20 dias, como eu já disse em outra postagem, tinha dificuldade em engordar porque eu tinha pouco leite. O médico já havia tentado todos os recursos para que ela engordasse: me deu remédio para aumentar a quantidade de leite, entrou com o famoso complemento ao peito (que é depois da amamentação, completar a mamada com mamadeira). Nada dava certo... Maria engordava 10 gramas por semana, enquanto o normal é de 50 a 60 por dia!

Havia suspeita de que o leite era pouco, mas não a certeza... A nova tentativa foi dar remédio para ajudar a abrir o apetite dela. Receita passada, compramos o remédio e logo de cara tivemos o primeiro erro de principiantes. Junto com o frasco (que é tipo um xarope) vem um pó. Eu não me dei ao trabalho de pegar para ver o que era, simplesmente ignorei. Este pó que é o remédio, deve ser misturado ao líquido e chacoalhado para fazer efeito, senão você dá apenas o gostinho bom de cereja, que é o líquido - que foi o que aconteceu na primeira dose.

Mas esse não foi o pior erro... A única experiência que eu tinha de dar remédio na seringa era para a Duda, nossa cachorrinha. E como se dá remédio para cachorro? Abre a boca dele, coloca a seringa e joga tudo de uma vez. Na sequência segura a boca fechada uns segundos para que o cachorro engula.

Adivinha como fiz com a Maria???? Nem preciso falar que a pobre deu aquela engasgada, me colocou em pânico e a única reação que tive foi entregá-la desesperadamente ao Mancuzo (meu marido) pedindo que ele fizesse alguma coisa.

O final dessa história é que ela ficou bem... Entre mortos e feridos, salvaram-se todos! Mas eu passei o resto da noite pedindo perdão a minha princesa.

Às mães de primeira viagem que estiverem pensando: "e como deve ser dado o remédio?". É simples meninas, abra com carinho a boca do seu filho e dê vagorosamente a dose para que ela possa ir engolindo aos poucos, como se fosse água, suco ou leitinho. Boa sorte!

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Antes de ter filho... tenha uma boa amiga!

Uma das melhores lições que tirei ao ser mãe é essa: se você quer sair na frente dos outros, tenha uma boa amiga que já é mãe. Mas não pode ser qualquer amiga. Tem que ser daquelas bem exigentes, que pesquisa tudo antes de entrar. Sabe aquela que chega a ler o projeto pedagógico da escola e tira a ficha de cada professora? Ou a que ainda grávida do primeiro filho sabe a ficha de todos os pediatras da cidade antes para depois escolher o dela?

Essa é a melhor amiga que você pode ter. Pois quando chegar a sua vez, tudo isso já foi feito por alguém de sua extrema confiança e ela não poderia ter escolhido melhor.

Ah... até que você decida ter filhos, ainda estiver curtindo a vida a dois, vai ouvir muito ela dizer enquanto corre descabelada atrás dos filhos dela: "Você tá aí na boa, mas quando os meus estiverem grandes e eu estiver tranquila, vou te ver correndo atrás dos seus!". Isso de fato não é mentira, mas não se preocupe, com a ajuda que ela te deu antes, seu trabalho será bem reduzido!

Fora que a boa amiga como é e experiente, ela não vai te deixar correr sozinha! Certo Thaisa Bacco? Obrigada por abrir meus horizontes como mãe!

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Trabalhar e criar filho, como?

Desde cedo ensaiando sua independência
(Foto: Roberto Mancuzo)
Muitas vezes quando nós, mulheres, nos lembramos daquela que lá atrás queimou seus sutiãs em prol da independência feminina, dá vontade de ter o poder de voltar no tempo e proibir tamanha insanidade! É por causa dela que hoje estamos aqui, independentes, bem remuneradas e cansadas, muiiito cansadas!!!!

É... a vida da mulher atual não é nada fácil! Temos que provar que somos competentes profissionalmente. Estar prontas para conquistar nossos maridos diariamente. Cuidar da rotina da casa e criar os filhos. Sem pensar que para garantir o crescimento profissional, temos que continuar estudando sempre.

Quem leu até aqui deve estar pensando: "nossa, coitada... essa é obrigada a carregar o mundo nas costas". Mas isso não é verdade! Muito pelo contrário. Claro que por alguns momentos penso que tenho o mundo todo em minhas costas... (e nem é preciso ser mulher e mãe para isso). Mas só de imaginar deixar tudo e ficar em casa só cuidando dos afazeres domésticos... ui, chega a me dar coceira.

Trabalhar, ser reconhecida, conquistar meu espaço não é um estorvo, mas uma necessidade - psicológica inclusive. Sem desmerecer quem larga tudo para cuidar dos filhos, mas acho que isso é uma questão de perfil. Eu preciso ter contato com outras pessoas, sentir-me útil e necessária em outros ambientes e saber que tenho outros papéis importantes além do de ser mãe (que ainda acho que é o meu melhor papel).

O fato é que quando está no final da licença maternidade as coisas em casa já estão se acalmando e uma rotina começa a se estabelecer. É claro que a dependência que temos de nossos filhos (muito maior que eles têm de nós), em um momento tão delicado como este, faz com que a decisão de não voltar, para aquelas que a  tomam, se torne algo mais chamativo.

Até porque a logística que envolve uma mãe que trabalha é coisa de profissional. Vai pra escola ou não vai, terá ou não babá, pedir ou não a ajuda das avós... No meu caso, que trabalho de manhã e à noite, talvez seja ainda mais complicado, pois como resolver o período da noite?

Parece quase impossível, mas pra tudo na vida dá-se um jeito. Hoje, com a Maria prestes a completar dois anos, temos uma rotina intensa. Pelas manhãs a Maria vai à escola. À tarde fica com a gente (papai e mamãe) e à noite, reveza os dias livres de pai e mãe com as abençoadas avós. O que seria de nossas vidas sem elas?

Mas, como eu disse, cada realidade é uma e mais, cada perfil é diferente. Muitas mulheres desenvolvem de forma tão perfeita o papel de mãe e de responsáveis pelos seus lares, que saberão fazê-lo de forma a preencher qualquer lacuna de suas vidas até depois que os filhos deixarem suas casas.

O fato é que esta é uma decisão que deve ser bastante pensada para não ser apenas um impulso resultado dos hormônios ainda desconfigurados de uma mãe de um recém-nascido.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

A escolha do nome!

No inverno, Maria, só Maria, com um ano e três meses
(Foto: Roberto Mancuzo)
Escolher o nome do filho é algo extremamente pessoal. O fato é que independentemente da escolha que você fizer, sempre terá os que vão amar e os que vão detestar. Não dá para agradar a gregos e troianos nessa.

Tem gente que passa a vida inteira já sabendo o nome que dará para o filho. O que não pode esquecer é que esta é uma escolha em conjunto, entre pai e mãe. Às vezes acontece de aquele nome que você sonhou a vida inteira não agrade seu parceiro.

No meu caso, escolher o nome da nossa filha foi muito tranquilo. Nenhum de nós tinha algo pensado. Um dia, conversando sobre isso e falando vários nomes veio Maria, assim mesmo, simples, sem nada para compor, só Maria! Um nome forte, de mulheres fortes, assim como queremos que seja nossa filha.

Mas até hoje quando perguntam o nome dela, as pessoas esperam a continuação, até que quando percebem que não vamos falar vem a fatídica pergunta: "Só Maria?". É só Maria!!!! E ainda ouvimos: "Nossa, que diferente!". Diferente? Tem coisa mais comum do que Maria? Parece até o vendedor de livros do Salão do Livro, que quando perguntei se tinha um livro do Sítio do Pica Pau Amarelo tive que ouvir: "Sua filha tem um gosto exótico hein?"

Vai entender...


sábado, 18 de fevereiro de 2012

Se parece com quem?

Todo mundo tem lá no fundinho uma vontade de que seu bebê seja a sua cara. O engraçado é que quando ele tem a cara do pai, como é o caso da Maria, as pessoas pedem desculpas antes de dizer: "É a cara do pai!".

Pra falar a verdade, eu adoro que ela pareça o Mancuzo, afinal de contas, nem todo mundo tem a sorte de ter um pai loiro de olhos azuis e nascer igual. Mas bem que me envaideço quando dizem que ela está cada dia mais parecida comigo, quando era criança, claro.

O mais gostoso dessa mistura, na verdade é com quem ela se parece nas atitudes, aí sim, é mesmo uma misturinha boa.

A Maria, por exemplo, é observadora, como o pai. Não se excede e se entrega ao chegar em um lugar. Primeiro ela sente o ambiente, até que fique segura e pronta para parecer a mãe. Como? É que aí fala pelos cotovelos.

A fome de leão, também veio da mãe. Nossa pequena não dispensa uma comida. O engraçado é que de vez em quando, ouço as mães dizerem que é difícil fazer o filho comer. No caso da Maria, é difícil fazer parar!

É, mas o fato é o seguinte, como o próprio dindo dela diz: "Em pé de carambola não dá goiaba". Dá uma olhada nas fotos abaixo.


sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Escolinha, quando começar?

Maria, no destaque, pronta para a festa de
fim de ano com os amigos e professoras.
Ter filhos é sempre passar por momentos de decisões. Quando colocar a Maria na escola foi um deles. Quando voltei a trabalhar, no período da manhã, a Maria ficava com a nossa funcionária, a Mari. Elas sempre se deram super bem. A Mari, inclusive, sofre mais de não ter a Maria em casa do que de fazer as coisas da casa com ela.

Mas eu sempre vi escola como uma coisa boa, uma grande oportunidade de crescimento para minha filha. Conversamos bastante, eu e o meu marido (Mancuzo), e resolvemos colocá-la com um ano e meio, portanto no meio do ano. Por vários momentos ouvi das pessoas que era uma loucura, que ela era muito pequena. Médicos então, se pudessem fariam a gente segurar a criança em casa até os 18 anos para não pegar nenhuma doença.

A Maria passou por alguns resfriados, rinite, coisas normais para uma criança desta idade. Embora eu seja uma mãe de primeira viagem, acho que a criança não deve ser privada de tudo, porque senão deixa de viver. Ainda acho que o melhor slogan de comercial que já vi até hoje foi aquele do Omo: "Se sujar faz bem!". E não faz?

Pesquisei algumas escolas, mas não demorou para escolher a que ela ia ficar. Optei por aquela que ela não precisaria mudar depois, por ser considerada já a melhor escola pré-vestibular da cidade. Muita gente me dizia: "Mas é uma escola muito grande, ela só vai ser mais uma...". Mesmo assim arrisquei e confesso que não me arrependi. Acho que ela precisa começar desde cedo a lidar com ambientes maiores.

Este ano já é o segundo, ela deixou de ser minimaternal e passou para maternal 1, uma mocinha! Tem até a primeira apostila, que vai ajudá-la a pintar dentro dos limites do papel. Eu sei que deve ter muita gente pensando: "Tadinha, tão cedo e já tendo que enfrentar escola todo dia!". Mas, numa boa, escola não pode ser visto, principalmente pelos pais, como algo negativo. Estudar é muito bom, aprender, maravilhoso e, para uma criança que vai ver os pais estudando sempre, não pode ser diferente. Fora que na primeira infância a escola é só brincadeira e ajuda muito as crianças que não tem irmãos em casa aprenderem a conviver com outras crianças.

E tem mais, se eu fosse ouvir tudo o que os outros pensam, até hoje a Maria nem teria saído de casa!

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Licença maternidade = férias? Pra quem?

Quando eu estava grávida, trabalhei tanto, que não via a hora da Maria nascer para eu sair de licença maternidade. Lembro que sempre comentava com uma amiga, a Thaisa, mãe de dois meninos: "Ah, vou tirar seis meses de férias...". E ela ria e dizia: "Férias? Depois você me conta!".

Mais uma vez, a sabedoria de quem já passou por isso venceu!


Essa é a Maria, já gordinha, depois desta fase...
aí com 7 meses

Um recém-nascido não tem hora, toda hora é hora! Nos primeiros meses, principalmente nos três primeiros, que a Maria tinha muita cólica, teve momento em que passei mais de 48 horas acordada. Só quem é mãe sabe a exaustão que é isso.

Cheguei ao ponto, uma vez, de colocar a Maria para dormir no meio da tarde, ir deitar na cama já com as energias completamente esgotadas, e dez minutos depois ela acordar chorando. Ouvir aquele choro foi tão absurdamente doloroso, que eu a peguei no colo, fui até o Mancuzo (meu marido) aos prantos e  disse: "Eu preciso dormir!". A resposta que eu recebi foi: "Mas o que você quer que eu faça?". Não gente, ele não fez isso por ser um pai ausente e que não ajuda, muito pelo contrário, ele está lá para o que der e vier 24 horas por dia, mas um bebê, e neste caso a Maria em especial, nos primeiros meses depende exclusivamente da mãe. Era só no peito que ela acalmava.

Semanas depois eu tive a constatação de por que tinha que ser só comigo. É que eu tinha pouco leite e ela não saciava a fome dela, tadinha... Não foi fácil engordar nos primeiros meses.


O fato é que muitas vezes, quando o Mancuzo estava saindo pra trabalhar, eu olhava pra ele e dizia: "Deixa eu ir no seu lugar". Naqueles dias eu entendi que o trabalho do dia a dia, por mais que seja muito puxado, não chega aos pés do trabalho de mãe. Principalmente mãe de recém-nascido!

Às mães grávidas, que ainda estão na expectativa, ou às que estão vivendo essa fase, se acalmem, passa - no meu caso não deixou saudades, mas o que vem depois... ah, nem preciso dizer que isso não tem trabalho que pague!

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Muda tudo...


A decisão de se tornar mãe ou pai não é a mesma que trocar de emprego ou de cidade, é algo muito mais complexo. Muitas pessoas optam por isso em função da pressão da sociedade ou de um momento de egoísmo qualquer, imaginando "quem vai cuidar de mim quando eu envelhecer". Não dá pra ser assim. Se alguém vai cuidar de você quando envelhecer, será a vida e não necessariamente um filho.

Um filho vem ao mundo para ser cuidado, amado, educado... Para ouvir muitas vezes "não" e outras tantas "sim". Vem sim para completar, unir e até mesmo desunir, em muitos casos, mas não vem com a função de ser responsável por nós. Esse é o nosso papel. Até porque assim ainda são os nossos pais.

Quando ainda estava grávida, trabalhando muito, viajando semanalmente para Londrina para cursar uma disciplina como aluna especial no mestrado, reclamava de falta de tempo para dar conta de tudo. Nesta época, tinha um amigo, o Pandur, que viajava comigo e dizia: "o dia que a Maria nascer você vai rever seu conceito de tempo". Não acreditava que era assim, tão diferente... Mas até hoje quando o encontro eu digo que agora entendo.

Ter uma criança em casa é rever os conceitos de liberdade. Ela deixa de existir. Não existe mais a remota possibilidade de decidir fazer ou não algo, sem pensar se isso será viável com o seu filho. Onde ele vai ficar, com quem, por quanto tempo, quanto tempo você ficará longe... Tudo é pensado.

Muitas vezes a gente chega a desejar que essa fase de restrições, de não poder ficar em casa sozinho, passe... não porque amamos menos ou porque não queremos estar juntos, mas porque somos humanos e temos esses momentos de bobeira.

Mas tem coisa melhor do que ver sua filha te tirar do sério com menos de dois anos, ao jogar no chão todas as roupas do guarda roupas, ou espalhar um pacote de canela em pó no chão da cozinha, ou mesmo desenrolar todo o rolo de papel higiênico do banheiro para, em cada momento, tentar imitar a mamãe e o papai? E quando você nervosa olha pra ela com cara séria e fala: "Eu não estou brincando!", e ela te quebra com um "Tá brincando sim mamãe!"

Fora acordar de manhã, trazê-la para sua cama para ficar entre você e seu marido enquanto toma a mamadeira e, ao terminar, abraçar cada um e dizer: "Papai, mamãe, te amo!"

É... acho que no fim de tudo... ter tempo pra quê?

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Esquentou, é febre!

Ainda relembrando os primeiros e memoráveis dias de vida da Maria... O que eu mais tinha medo era da febre. O médico sempre dizia: "Você tem que se preocupar com febre e falta de apetite!". Claro, que o termômetro ficava sempre disponível. Não tinha a menor ideia de como diferenciar febre de calor. 

Até que um belo dia... Maria devia ter menos de um mês e o Mancuzo tinha ido trabalhar. Só estávamos as duas em casa. A Maria nasceu em março, então imaginem o calor que fazia. Ela estava dormindo e acordou um pouco para mamar. Quando coloquei as mãos nela... quente! Fiquei apavorada! Mal sabia para onde correr. Era a tão temida febre. 

Não tive dúvidas, corri pegar o remédio, coloquei as gotas necessárias e mandei goela abaixo da minha pequenininha. Tadinha, quase vomitou. Depois que fiz isso, pensei: "Ai meu Deus, e agora?". E lembrei que devia tirar a temperatura. Quanto estava? 36,5°C... E a dipirona já correndo no corpinho da pobre!!! Isso porque dias antes o médico disse assim: "Quando você não me encontrar, faça o que achar sensato. Você é mãe e saberá como agir!". Só médico para acreditar que existe algum tipo de sensatez numa mãe de primeira viagem...

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Nasceu e agora????

Este post é um candidato ao Melhor post do Mundo, da Limetree

Sempre quis ser mãe. Essa era uma certeza em minha vida. Me sentia uma pessoa totalmente maternal e uma família, de preferência, grande, era parte dos meus planos. Como ser mãe, ah, não devia ser tão difícil assim! Tanta gente era capaz e isso nunca me assustou.

Pois bem, como tudo entre mim e o Mancuzo, ter um filho foi algo super planejado. Esperamos o momento que estávamos prontos. Juntos há sete anos e com dois de casado, já estava na hora de colocar mais alguém no meio de nós.

Engravidar e esperar nove meses, nada disso foi difícil! Ter o parto e ficar os dois dias tradicionais no hospital recebendo visitas e mais visitas de familiares e amigos para conhecer aquele menina branquinha e de olhos azuis que chegou para mudar completamente as nossas vidas, também tiramos de letra. Mas uma hora, temos que voltar pra casa, aquele que dizem ser o lugar mais seguro para todos nós. Numa boa, quem foi que disse isso mesmo?

A foto tradicional do hospital
Imaginem vocês, mãe e pai de primeira viagem, chegando em casa completamente sozinhos para garantir a sobrevivência daquele pequeno ser, que cabia quase que na palma de nossas mãos. Onde estavam as enfermeiras do hospital, que quando a Maria começava a chorar, logo vinham nos acudir e só voltavam com ela dormindo o mais profundo dos sonos (tão profundo que nós pais de primeira viagem chegamos a colocar as mãos em baixo do nariz dela algumas vezes para garantir que estava tudo bem)? E o pediatra, para tirar todas as dúvidas mais absurdas que dois pais podem ter. Nada, ninguém, apenas nós três em casa.

Bom, nem preciso dizer que tive um choque de realidade imenso e foi aí que eu pensei: "Meu Deus, e agora? O que eu fui fazer?? É isso mesmo e a responsabilidade é nossa! E é pra sempre!". Nunca pensei que eu, uma pessoa tão cheia de coragem, pudesse me deparar com um momento tão espantoso de medo! Era um misto de alegria, por ter aquela preciosidade em minha vida, e pavor, por ter de fato ultrapassado o limite do mundo adulto. Agora não tinha mais jeito, a síndrome de Peter Pan, de nunca querer crescer, se rompeu e eu me tornei mãe! Me tornei responsável! E não por mim, mas outra pessoa, totalmente dependente desta responsabilidade!

Acho que foram cerca de 15 dias sem dormir. Primeiro porque a Maria não deixava mesmo com as cólicas dela, tadinha... Depois porque eu precisava me descobrir como mãe. Passei dias falando a palavra mãe pra mim mesma e pensando: "Eu sou MÃE!". Só quando a gente é que tem a noção da maravilha do que é ser mãe. É de fato ser a pessoa mais importante na vida de alguém. Algo completamente mágico!

Olha a gente no hospital ainda brincando de ser pais
Esse sentimento de pavor passou... Hoje a Maria tem quase dois anos e eu já me sinto completamente segura no meu papel... Convicta de que fiz a coisa certa. Cheia de dúvidas, é claro! Temos o dever mais sério e importante de todos agora, educar! E isso não tem receita, assim como remédio de cólica... Mas temos que ser perseverantes, enfrentar todos os senões e tentar encontrar a nossa própria fórmula. Aplicar no primeiro filho e se der certo, tentar ver se com o segundo dá pra fazer o mesmo (pode ser que só cole com o primeiro e o segundo precise de outras fórmulas).

Ah, o segundo... ainda não investimos na segunda gravidez, mas isso é só uma questão de tempo, e pouco tempo. Ao contrário do que tantos amigos falaram, não, nós não desistimos de ter a nossa grande família! Ter filho dá sim trabalho, mas é a melhor coisa que pode acontecer em nossas vidas!

Debutando...

Trabalho com internet há muitos anos. Sou jornalista, professora universitária e em uma das minhas disciplinas desenvolvo um blog com meus alunos. Mas precisei me tornar mãe para que finalmente criasse o meu próprio blog! É, em casa de ferreiro, o espeto parece mesmo ser de pau! Só um filho nos traz de volta aos eixos e muda tudo o que parecia que jamais seria mudado.

A razãode tudo isso se chama Maria e tem quase dois anos. Me surpreende diariamente com sua rapidez, inteligência, carinho... E como é engraçada! Neste espaço quero compartilhar algumas histórias de mãe de primeira viagem, ou mãe desta nova viagem, pois segundo o médico da Maria, cada filho é uma nova viagem... Isso eu só saberei com o segundo!

Fica aqui o convite para você compartilhar comigo esta grande aventura que é ser mãe! Seja bem vindo e sempre que puder, deixe um pouco da sua experiência nos comentários!!