segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Ai ai... as doenças da primeira infância!

Meu tudo! Foto: Papai Mancuzo
Claro que cada mãe tem uma realidade diferente com seu filho. Têm aquelas que passam pelos dois ou três primeiros anos ilesas... sem conhecer uma febre que seja. Mas, infelizmente, essas são a minoria. Via de regra temos que encarar o princípio da criação do sistema imunológico do jeito mais doloroso...

E cada filho tem uma realidade... Embora eu achasse que a Maria tenha dado bastante pano pra manga, pois teve crises sérias (o que incluiu duas internações) até completar três anos, o Pedro já está dando baile nela.

Foi só colocá-lo na escola que tudo começou a degringolar! Sinceramente, não acredito que a escola seja culpada. É uma série de fatores que, juntos, definem o futuro imunológico de nossos filhos.

A Maria quando entrou na escola também apresentou vários quadros de doenças nas vias respiratórias superiores. Mas, vamos dizer que eram espaçados (uma vez por mês).

Já o Pedro apresenta sintomas de 15 em 15 dias. Fica uma semana em casa tomando remédio, volta pra escola na outra e na outra volta pra casa. Em dois meses já estamos no quarto antibiótico.

Dessa vez eu acabei me rendendo... e resolvi poupá-lo. Tirei da escola e vou voltar só no ano que vem. Nunca pensei que eu voltaria atrás. Mas ver seu filho sofrendo com tantos quadros de rinite, sinusite, infecção de garganta, infecção de ouvido e tantas coisas mais, fazem qualquer mãe se render.

O que eu penso e o que eu quero? No momento atual só quero que ele melhore logo. Quero vê-lo me dando bastante trabalho, mas com as artes que apronta e não com doenças.

E penso que nada é tão certo que não possamos voltar atrás. Afinal, eles estão em primeiro lugar! E que cheguem os três anos!!!

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Os filhos e o casamento

Quando eu ainda era adolescente e até a idade adulta vi e ouvi muitos casos de mulheres que engravidavam de propósito com o fim de segurar o marido, namorado, ficante...

Naquela época, por conta da minha inexperiência, eu até acreditava que a estratégia dessas mulheres podia dar certo e o pobre rapaz acabava amarrado pra sempre naquele casamento.

A prática, porém, é bem diferente disso. Ainda mais nos dias de hoje que a separação é mais fácil do que o próprio casamento.

O que sinto é que as pessoas, de maneira geral, estão muito mais egoístas em seus relacionamentos. Algo como cada um por si e Deus por todos. Se é que há Deus na vida dessas pessoas (que há sempre há, mas não por vontade delas).

A frase que se ouve com frequência é: “Casa, se não der certo, separa”. Como se fosse a decisão de aceitar ou não um emprego: “Aceita, se não der certo pede demissão”.

Mas casamento não pode ser assim! Pelo menos não deveria. A decisão de casar vai além de uma decisão de começar um namoro. O sentimento dos dois, claro, deve estar muito bem estabelecido para acertarem a união. Mais do que isso: o companheirismo, parceria, admiração... sem esses elementos não há casamento que dure.

A vinda dos filhos então é o momento da prova de fogo sobre o casamento. Por dois anos, pelo menos, a mulher deixa de ser esposa e passa a ser mãe. Claro que isso não é regra, mas acontece muito.

Naquele período, principalmente no que compete ao primeiro filho, é que cai a ficha do tamanho da responsabilidade que ela assumiu e os olhos se viram completamente ao novo rebento. Não que isso seja uma responsabilidade exclusiva da mulher. As tarefas devem sim ser divididas, mas não tem como fugir, é a natureza! A mãe assume a maior parte da responsabilidade por conta até do laço que tem da barriga a amamentação (mesmo para quem não amamenta, é como se isso acontecesse).

O fato é que o homem fica um tanto quando perdido em meio a tanta mudança. Afinal, quando eram um casal, todas as atenções dela eram para ele.

Junto a isso vem a falta de paciência, de tolerância, o cansaço... pois o trato de um bebê (seja ele primeiro, segundo ou terceiro filho) exige uma dedicação e disposição que vai além dos afazerem diários de uma pessoa comum.

A mulher deixa de ser um ser independente, com a liberdade de ir e vir, e passa a ser dependente do filho (mais do que o filho dela). Para qualquer atividade extra-casa, precisa pensar na logística da criança.

Depois que a criança faz dois anos e passa a ter uma certa independência, a situação começa a melhorar no relacionamento do casal. A mulher se lembra mais do espaço ocupado pelo marido em sua vida e volta a ser esposa.

Claro que essa postura também depende da relação dos dois: do diálogo, da troca e dos vários momentos de desabafos . Há mulheres que nunca mais voltam a ser a mesma, como há aquelas que preferem tudo a encarar o desafio de cuidar do seu próprio filho.

O que importa, porém, é que para a maioria (ao menos das que eu conheço e do que leio por aí), o casamento acaba antes do segundo ano da criança, pois os novos casais não têm paciência de enfrentar situações que não girem em torno só deles e desistem fácil demais!

Se você está passando por esse momento, um conselho que dou é: tenha paciência, vai passar!

Mas se for mesmo para dar conselho, coisa que você nem me pediu, prefiro dar um melhor: converse, procure um momento só para vocês dois, desabafe, mostre suas fragilidades, peça ajuda! Com certeza, essa é a melhor maneira de se vencer qualquer contratempo no casamento.


E que os filhos... ah, que eles sirvam para unir ainda mais vocês, pois com eles que vocês tiveram a verdadeira noção do que é uma família!

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

O que é SER MÃE para mim

Esses dias li um texto belíssimo sobre o que é ser mãe. Que a mãe nasce quando o filho nasce. E tudo o que nasce com ela.

Ao mesmo tempo ouvi alguém dizer que acha engraçado já se sentir mãe quando o bebê está na barriga. É verdade que há mães que já se sentem assim. Talvez até pelo sonho de ser mãe. Mas comigo foi diferente. Eu me tornei mãe só depois que a Maria nasceu.

Acho mesmo que me torno mãe a cada dia. Imaginem que já tenho dois filhos e ainda me pego, às vezes, pensando: "Nossa, eu sou mãe!"

Na verdade, quando a gente se torna mãe, a gente se torna um pouquinho de tudo.

Já me falaram que eu sou muito mãe, que penso mais nos meus filhos do que em mim, que deveria voltar a fazer coisas que eu fazia antes de ser alçada a esta condição. Sei que muitas conseguem fazer isso... Mas eu não! Na verdade, nem sei até onde eu gostaria. Talvez porque não queira mesmo.

Mãe é a potencialização dos sentidos. Um estado de alerta permanente.

Não há como ser mãe sem o toque. Você precisa tocar seu filho para saber se ele está frio ou quente (não que esteja em uma busca constante de doenças, mas como senti-lo sem o toque). Você precisa tocar seu filho para que haja a troca. Troca de carinho, troca de calor, troca de amor.

Para ser mãe, é preciso ouvir. Você precisa ouvir seu filho chamar. Você precisa ouvir o timbre da voz dele para ver se há algo diferente no ar. Você precisa ouvi-lo falar, pois como será possível estabelecer uma relação de respeito e cumplicidade se ele não puder se colocar?

Para ser mãe, você precisa enxergar. Não é apenas para evitar possíveis perigos para seu filho, mas para permitir que ele viva um pouco desses perigos. Para ver as mudanças de humor no semblante do seu pequeno e ajudar, quando necessário.

O cheiro é parte importantíssima do fato de ser mãe. De pequeno ajuda a saber o momento de trocar as fraldas. O cheiro alerta doenças. O cheiro entrega mentiras e ajuda a ensinar os valores da verdade.

Enfim, para ser mãe é preciso falar. Pois além de ouvir é preciso ensinar. Mãe é troca, mãe é fala, mãe é diálogo.

Sim, eu sou mãe. Sim, muitas vezes (nos últimos tempos, todos os dias) eu me canso, me canso e me canso. Peço arrego aos céus. Sinto falta da minha cama, do meu sono e até de mim mesma.

Mas quando a gente se torna mãe, o que nasce não é um filho, mas uma extensão da gente. E há como dormir, descansar e até ficar sozinha sem ter certeza absoluta que está fazendo isso de corpo inteiro? Sendo que o seu corpo inteiro é parte do corpo deles.

Aí eu penso... ah... é só uma fase. Passa! E quer saber? Eu faria tudo de novo e de novo e de novo.

Não, eu não deixei de ser eu mesma, só acredito que se eu me propus a isso vou fazer pra valer., E como uma amiga me disse esses dias: "Não vai adiantar eu tentar a amizade deles quando fizerem 20 anos se eu não cultivei em todo esse período!"

E de fato, quando nasce um bebê, nasce uma mãe! E viva a natureza!