terça-feira, 3 de junho de 2014

Ela não faz o que eu acho que deve... Mas e daí?

A mesma mãe, mas em momentos tão diferentes!
Os filhos são eles. Com suas personalidades. Não adianta a gente querer embutir a nossa personalidade neles, porque eles têm a deles.

E de onde vem essa personalidade? Já nascem assim? Ou se forma com o tempo.

Olha, eu não sou nenhuma expert no assunto, mas tenho meus palpites. Afinal, sou mãe e também gosto de prestar atenção no que acontece a minha volta.

A primeira coisa muito importante é que SIM, NÓS INFLUENCIAMOS A PERSONALIDADE DE NOSSOS FILHOS!

Vejo muito isso na diferença entre os meus dois.A Maria é a timidez em pessoa. É medrosa e tem suas inseguranças. O Pedro, no auge do seu um ano, já mostra uma desenvoltura no trato com as pessoas. É solto, desinibido, sorridente...

E quem é a mãe da Maria? Quem é a mãe do Pedro? É a mesma pessoa? Com certeza não!

A mãe da Maria é uma mãe insegura, que se depara com o primeiro filho e o priva de tudo. Não a deixa cair. Mostra pra ela que isso é perigoso, aquilo é perigoso. A carrega muito no colo. Evita o contato com o chão. Tem medo que ela fique doente. É a mãe de primeira viagem.

Já a mãe do Pedro é completamente diferente. É um sossego em pessoa. Colocou ele no chão antes mesmo de ser o momento de ficar no chão. Está sempre atenta, mas não evita os tombos. Ela acredita que ele tem que aprender com as experiências. Caiu, levanta! Pega pouco ele no colo e ele já nem gosta tanto de colo, prefere chão. Na hora de dormir, tenta fazer ele dormir no colo pra ver... Ele gosta de deitar na cama pra dormir! É muito mais confortável.

Acontece que a mãe da Maria é a mesma que a do Pedro, mas em momentos diferentes! O momento do primeiro filho e o momento do segundo filho.

E mais... a mãe da Maria mudou com o nascimento do Pedro, mas a Maria continua a mesma. Óbvio! Aquelas inseguranças plantadas pela própria insegurança da mãe, continuam ali, mas a mãe não as quer mais! Quer uma Maria independente! Uma Maria segura. Uma Maria que saiba se virar sozinha!

Cobra isso da Maria! Mas coitada, não foi ela quem mudou...

Foi preciso um ano para esta mãe perceber isso. Mais, foi preciso quatro anos para perceber que às vezes, a Maria pode preferir (em alguns momentos) brincar sozinha em uma festinha da escola, e ainda assim estar bem. Ela tem a sua própria personalidade, que claro, foi desenvolvida com a ajuda do ambiente em que ela vivia e com algo que já vem dentro de cada um de nós.

Não, eu ainda não sei a fórmula de como lidar com tudo isso. Não sei como não cobrar ou como não me angustiar de vê-la só em uma festinha. Mas já estou atenta. Aprendendo com ela a cada dia e tentando assim ser uma mãe melhor.

Um comentário:

  1. Adorei seu texto e sua experiência. Vou aprendendo aqui com você para quando tiver os meus! Bjos e saudades! Marisa Goulart

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