segunda-feira, 1 de setembro de 2014

O que é SER MÃE para mim

Esses dias li um texto belíssimo sobre o que é ser mãe. Que a mãe nasce quando o filho nasce. E tudo o que nasce com ela.

Ao mesmo tempo ouvi alguém dizer que acha engraçado já se sentir mãe quando o bebê está na barriga. É verdade que há mães que já se sentem assim. Talvez até pelo sonho de ser mãe. Mas comigo foi diferente. Eu me tornei mãe só depois que a Maria nasceu.

Acho mesmo que me torno mãe a cada dia. Imaginem que já tenho dois filhos e ainda me pego, às vezes, pensando: "Nossa, eu sou mãe!"

Na verdade, quando a gente se torna mãe, a gente se torna um pouquinho de tudo.

Já me falaram que eu sou muito mãe, que penso mais nos meus filhos do que em mim, que deveria voltar a fazer coisas que eu fazia antes de ser alçada a esta condição. Sei que muitas conseguem fazer isso... Mas eu não! Na verdade, nem sei até onde eu gostaria. Talvez porque não queira mesmo.

Mãe é a potencialização dos sentidos. Um estado de alerta permanente.

Não há como ser mãe sem o toque. Você precisa tocar seu filho para saber se ele está frio ou quente (não que esteja em uma busca constante de doenças, mas como senti-lo sem o toque). Você precisa tocar seu filho para que haja a troca. Troca de carinho, troca de calor, troca de amor.

Para ser mãe, é preciso ouvir. Você precisa ouvir seu filho chamar. Você precisa ouvir o timbre da voz dele para ver se há algo diferente no ar. Você precisa ouvi-lo falar, pois como será possível estabelecer uma relação de respeito e cumplicidade se ele não puder se colocar?

Para ser mãe, você precisa enxergar. Não é apenas para evitar possíveis perigos para seu filho, mas para permitir que ele viva um pouco desses perigos. Para ver as mudanças de humor no semblante do seu pequeno e ajudar, quando necessário.

O cheiro é parte importantíssima do fato de ser mãe. De pequeno ajuda a saber o momento de trocar as fraldas. O cheiro alerta doenças. O cheiro entrega mentiras e ajuda a ensinar os valores da verdade.

Enfim, para ser mãe é preciso falar. Pois além de ouvir é preciso ensinar. Mãe é troca, mãe é fala, mãe é diálogo.

Sim, eu sou mãe. Sim, muitas vezes (nos últimos tempos, todos os dias) eu me canso, me canso e me canso. Peço arrego aos céus. Sinto falta da minha cama, do meu sono e até de mim mesma.

Mas quando a gente se torna mãe, o que nasce não é um filho, mas uma extensão da gente. E há como dormir, descansar e até ficar sozinha sem ter certeza absoluta que está fazendo isso de corpo inteiro? Sendo que o seu corpo inteiro é parte do corpo deles.

Aí eu penso... ah... é só uma fase. Passa! E quer saber? Eu faria tudo de novo e de novo e de novo.

Não, eu não deixei de ser eu mesma, só acredito que se eu me propus a isso vou fazer pra valer., E como uma amiga me disse esses dias: "Não vai adiantar eu tentar a amizade deles quando fizerem 20 anos se eu não cultivei em todo esse período!"

E de fato, quando nasce um bebê, nasce uma mãe! E viva a natureza!

Um comentário:

  1. Acho que nunca li uma definição tão bela e verdadeira sobre ser mãe, antes.
    Embora eu ainda não seja, é como você disse lá no começo, eu já me sinto assim. Nasci mãe. Nasci pra isso. E sei que em algum lugar lá no céu, já tem um anjinho predestinado à mim, apenas esperando o momento certo de vir ao mundo e me completar :)

    ResponderExcluir