domingo, 12 de fevereiro de 2012

Nasceu e agora????

Este post é um candidato ao Melhor post do Mundo, da Limetree

Sempre quis ser mãe. Essa era uma certeza em minha vida. Me sentia uma pessoa totalmente maternal e uma família, de preferência, grande, era parte dos meus planos. Como ser mãe, ah, não devia ser tão difícil assim! Tanta gente era capaz e isso nunca me assustou.

Pois bem, como tudo entre mim e o Mancuzo, ter um filho foi algo super planejado. Esperamos o momento que estávamos prontos. Juntos há sete anos e com dois de casado, já estava na hora de colocar mais alguém no meio de nós.

Engravidar e esperar nove meses, nada disso foi difícil! Ter o parto e ficar os dois dias tradicionais no hospital recebendo visitas e mais visitas de familiares e amigos para conhecer aquele menina branquinha e de olhos azuis que chegou para mudar completamente as nossas vidas, também tiramos de letra. Mas uma hora, temos que voltar pra casa, aquele que dizem ser o lugar mais seguro para todos nós. Numa boa, quem foi que disse isso mesmo?

A foto tradicional do hospital
Imaginem vocês, mãe e pai de primeira viagem, chegando em casa completamente sozinhos para garantir a sobrevivência daquele pequeno ser, que cabia quase que na palma de nossas mãos. Onde estavam as enfermeiras do hospital, que quando a Maria começava a chorar, logo vinham nos acudir e só voltavam com ela dormindo o mais profundo dos sonos (tão profundo que nós pais de primeira viagem chegamos a colocar as mãos em baixo do nariz dela algumas vezes para garantir que estava tudo bem)? E o pediatra, para tirar todas as dúvidas mais absurdas que dois pais podem ter. Nada, ninguém, apenas nós três em casa.

Bom, nem preciso dizer que tive um choque de realidade imenso e foi aí que eu pensei: "Meu Deus, e agora? O que eu fui fazer?? É isso mesmo e a responsabilidade é nossa! E é pra sempre!". Nunca pensei que eu, uma pessoa tão cheia de coragem, pudesse me deparar com um momento tão espantoso de medo! Era um misto de alegria, por ter aquela preciosidade em minha vida, e pavor, por ter de fato ultrapassado o limite do mundo adulto. Agora não tinha mais jeito, a síndrome de Peter Pan, de nunca querer crescer, se rompeu e eu me tornei mãe! Me tornei responsável! E não por mim, mas outra pessoa, totalmente dependente desta responsabilidade!

Acho que foram cerca de 15 dias sem dormir. Primeiro porque a Maria não deixava mesmo com as cólicas dela, tadinha... Depois porque eu precisava me descobrir como mãe. Passei dias falando a palavra mãe pra mim mesma e pensando: "Eu sou MÃE!". Só quando a gente é que tem a noção da maravilha do que é ser mãe. É de fato ser a pessoa mais importante na vida de alguém. Algo completamente mágico!

Olha a gente no hospital ainda brincando de ser pais
Esse sentimento de pavor passou... Hoje a Maria tem quase dois anos e eu já me sinto completamente segura no meu papel... Convicta de que fiz a coisa certa. Cheia de dúvidas, é claro! Temos o dever mais sério e importante de todos agora, educar! E isso não tem receita, assim como remédio de cólica... Mas temos que ser perseverantes, enfrentar todos os senões e tentar encontrar a nossa própria fórmula. Aplicar no primeiro filho e se der certo, tentar ver se com o segundo dá pra fazer o mesmo (pode ser que só cole com o primeiro e o segundo precise de outras fórmulas).

Ah, o segundo... ainda não investimos na segunda gravidez, mas isso é só uma questão de tempo, e pouco tempo. Ao contrário do que tantos amigos falaram, não, nós não desistimos de ter a nossa grande família! Ter filho dá sim trabalho, mas é a melhor coisa que pode acontecer em nossas vidas!

2 comentários:

  1. Parabens , lindo meu Nenem

    ResponderExcluir
  2. Owwww lindo texto.... parabéns!!! Carol e Mancuzo e certeza que continuaram sendo excelentes pais. Bjs Bárbara Scalon Santos

    ResponderExcluir